Bolsonarista que destruiu relógio histórico no Planalto volta à prisão após decisão de Moraes

Portal Plantão Brasil
21/6/2025 11:10

Bolsonarista que destruiu relógio histórico no Planalto volta à prisão após decisão de Moraes

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O bolsonarista Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos de prisão pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, foi recapturado na cidade de Catalão (GO) nesta sexta-feira (20) após deixar o Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia (MG), sem tornozeleira eletrônica. Ele foi transferido de volta ao presídio no mesmo dia.

Ferreira ficou conhecido nacionalmente após ser flagrado destruindo um relógio histórico do século XVII no Palácio do Planalto. A peça rara, confeccionada pelo relojoeiro francês Balthazar Martinot e presente da Corte Francesa a Dom João VI, foi um dos símbolos da depredação dos prédios dos Três Poderes durante a tentativa de golpe.

O episódio que levou à nova prisão começou no dia 17 de junho, quando o juiz da Vara de Execuções Penais de Uberlândia concedeu progressão para o regime semiaberto, permitindo que Ferreira deixasse a prisão. No entanto, ele saiu sem tornozeleira eletrônica, sob a alegação de que não havia equipamentos disponíveis em Minas Gerais — uma versão contestada pela Secretaria de Justiça do estado, que garantiu ter mais de 4 mil tornozeleiras disponíveis.

Além de deixar o presídio sem monitoramento, Ferreira desrespeitou outra condição: deveria permanecer em Uberlândia, mas foi encontrado em Catalão (GO), sua cidade natal. Diante disso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou novamente sua prisão, cumprida em menos de 24 horas.

O TJMG havia justificado a liberação com base em bom comportamento carcerário, ausência de faltas graves e tempo cumprido da pena, impondo condições como:

Permanecer em casa, em Uberlândia, sem sair sem autorização;

Comparecer ao presídio sempre que solicitado;

Instalar e manter a tornozeleira eletrônica;

Fornecer material genético ao banco de dados nacional.

Todas essas exigências foram descumpridas.


Ferreira foi preso pela primeira vez em 23 de janeiro de 2023, após ficar foragido por duas semanas. Desde então, cumpria pena em cela individual. Além dos 17 anos de prisão, também foi condenado ao pagamento de R$ 30 milhões em indenização por danos morais coletivos.

Ele responde por cinco crimes:

Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

Tentativa de golpe de Estado;

Associação criminosa armada;

Dano qualificado ao patrimônio da União;

Deterioração de bem tombado.


O relógio destruído foi restaurado com apoio do governo da Suíça e já voltou a integrar o acervo da Presidência da República, após mais de três séculos preservado.

Com informações do G1

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