Dilma defende BRICS, cooperação e soberania contra bloqueios unilaterais

Portal Plantão Brasil
22/6/2025 11:32

Dilma defende BRICS, cooperação e soberania contra bloqueios unilaterais

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A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, afirmou que não é o multilateralismo que impede o desenvolvimento global, mas sim o hegemonismo e as sanções unilaterais impostas por potências econômicas. A declaração foi feita durante sua participação na cerimônia de abertura do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF), na última quinta-feira (19), após um encontro bilateral com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Em entrevista à agência Sputnik, Dilma avaliou que o mundo vive um cenário complexo, marcado por crises simultâneas. Ela citou a guerra comercial baseada em tarifas, que destrói cadeias de produção e comércio, além das tensões geopolíticas causadas por bloqueios tecnológicos e sanções econômicas, que comprometem o livre comércio, especialmente de produtos de alta tecnologia. Para ela, isso gera desconfiança, insegurança e afeta diretamente o crescimento das nações. Soma-se a isso a crise climática, que provoca desastres naturais recorrentes, aprofundando ainda mais as incertezas globais.

Dilma também destacou que há um claro desequilíbrio na ordem internacional, que ignora a importância crescente dos países emergentes. Segundo ela, dados da ONU indicam que, até 2030, os países do BRICS responderão por 43% do PIB mundial, superando com folga o G7, grupo das principais economias desenvolvidas.
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A presidente do NDB defendeu que o Fórum de São Petersburgo é fundamental por discutir valores essenciais para uma nova ordem econômica, baseada na soberania dos países, no respeito às escolhas de desenvolvimento de cada nação e na cooperação internacional. Segundo ela, a cooperação é muito mais eficaz do que qualquer política que restrinja o comércio e a produção global. Plataformas como os BRICS e bancos como o NDB são instrumentos concretos para promover essa integração, facilitar o acesso à tecnologia e fomentar o desenvolvimento dos países que ainda enfrentam profundas desigualdades.

Dilma também defendeu a valorização das moedas locais nas transações comerciais, como uma alternativa saudável e necessária à dependência de moedas fortes como o dólar ou o euro. Segundo ela, isso não significa romper com essas moedas, mas ampliar as possibilidades e fortalecer as economias emergentes. Na sua visão, esse caminho já está em curso e deve se consolidar nos próximos anos.

Ao falar sobre o papel do NDB, Dilma ressaltou que o banco respeita integralmente a soberania de cada país membro e financia projetos de desenvolvimento alinhados às prioridades de cada governo. O objetivo é claro: garantir condições para melhorar a qualidade de vida da população, reduzir desigualdades e impulsionar o crescimento sustentável.

Encerrando sua participação, Dilma foi enfática ao afirmar que o que bloqueia o desenvolvimento não é o multilateralismo, mas o hegemonismo, a imposição unilateral de modelos e as barreiras que limitam a autonomia dos países. Segundo ela, somente por meio da cooperação e do respeito mútuo será possível construir um mundo mais justo, próspero e equilibrado.

Com informações da Sputnik

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