25/6/2025 12:37

Hugo Motta e Alcolumbre articulam “sangramento” de Lula para fortalecer Tarcísio

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Os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), iniciaram uma ofensiva política para enfraquecer o presidente Lula e preparar o terreno para a candidatura de Tarcísio de Freitas à Presidência em 2026. A articulação envolve o Centrão, figuras da chamada “terceira via”, representantes da Faria Lima e setores da mídia liberal. O plano é antecipar o ambiente eleitoral e sabotar o governo com pautas-bomba no Congresso.

A operação é comandada por Ciro Nogueira (PP-PI) e Antônio Rueda (União), que buscam reunir Republicanos, MDB e outros partidos para isolar o governo e implodir sua base parlamentar. Em reuniões com líderes dessas siglas, já foi discutida a formação de palanques estaduais unificados e uma atuação coordenada no Congresso para travar a agenda de Lula.

Hugo Motta anunciou, já na madrugada desta quarta-feira (25), uma pauta que surpreendeu até setores da oposição: ele incluiu o projeto que derruba o decreto do governo sobre o aumento do IOF, além de uma proposta que altera a faixa de isenção do Imposto de Renda e medidas que agradam à Faria Lima e à indústria do petróleo. A estratégia é asfixiar o governo financeiramente enquanto o Centrão se apresenta como alternativa de gestão.

O senador Davi Alcolumbre, por sua vez, pautou no Senado o projeto de Dani Cunha (filha de Eduardo Cunha) que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531. A medida, já aprovada na Câmara, pode causar impacto de R$ 64,8 milhões anuais aos cofres públicos e ainda ampliar o volume de emendas parlamentares, dificultando o controle do Executivo sobre o orçamento.

Alcolumbre também trava indicações do presidente Lula ao STJ e ao STM como forma de pressionar por cargos em agências reguladoras, como a Aneel e a ANP. Em disputa com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o senador usa as nomeações como moeda de troca para emplacar aliados em postos estratégicos.

Enquanto isso, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, criticou a quebra de acordos por parte de Motta e afirmou que as votações foram marcadas sem consulta prévia, expondo mais uma vez a tentativa orquestrada de sabotar o governo Lula antes mesmo da campanha de 2026 começar.
Com informações da Fórum

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