27/6/2025 12:13

China impõe condições e força recuo dos EUA em acordo histórico

413 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Em um avanço relevante para o comércio global, a China confirmou nesta sexta-feira (27) um acordo com os Estados Unidos envolvendo o fornecimento de terras raras, recurso estratégico na indústria de alta tecnologia. A medida confirma o que já havia sido anunciado pelo secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e representa um recuo do governo norte-americano nas medidas restritivas contra Pequim.

Segundo Lutnick, ao garantir o fornecimento desses minerais, os EUA se comprometem a retirar suas contramedidas econômicas. “Eles vão nos entregar terras raras e, quando fizerem isso, retiraremos nossas contramedidas”, declarou ele na véspera. O entendimento sinaliza uma trégua na guerra tarifária que há anos alimenta tensões entre as duas potências.

O Ministério do Comércio da China afirmou que os dois países “confirmaram detalhes sobre o acordo” após reuniões realizadas em Londres no início de junho. A nota acrescenta que a China aprovará os pedidos elegíveis para exportação conforme a legislação, e, em troca, os Estados Unidos suspenderão várias sanções impostas a Pequim.

As terras raras — 17 minerais usados na fabricação de smartphones, turbinas, armamentos e outras tecnologias — são vitais para as cadeias produtivas globais. A China, maior produtora mundial, vinha restringindo as exportações como forma de pressionar Washington. O acordo representa um gesto de boa vontade que pode reabrir canais de diálogo mais amplos.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, lideraram as tratativas. A Casa Branca confirmou que haverá “agilização de remessas de terras raras” aos EUA e que os países acertaram uma “estrutura para implementar o acordo”.

Curiosamente, o presidente norte-americano Donald Trump — que tenta se projetar como pacificador após anos de ações beligerantes — já havia antecipado que um pacto estava em construção. Ele chegou a mencionar que, além do fornecimento de ímãs e minerais, estudantes chineses voltariam a ser aceitos em universidades americanas. Com isso, Pequim dá mais uma lição de diplomacia, enquanto os EUA recuam de sua postura de confronto.
Com informações do Brasil 247

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