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Diante da crise artificial criada pela oposição com a derrubada do decreto sobre o IOF, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), intensificou os esforços para reconstruir pontes entre o Palácio do Planalto e a base parlamentar. Enquanto o governo defende com firmeza a justiça tributária e medidas que favorecem os mais pobres, Gleisi tem se reunido com líderes partidários para distensionar o ambiente político contaminado por pressões de setores conservadores.
A movimentação ocorre após uma derrota simbólica imposta pelo Congresso, ao anular uma medida que visava corrigir distorções tributárias, num movimento influenciado por chantagens parlamentares e resistência às mudanças propostas por Fernando Haddad. Deputados, especialmente do centrão, passaram a alegar dificuldades de diálogo, muito mais por interesses em liberar emendas do que por divergências reais sobre a agenda econômica.
Mesmo assim, lideranças como Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL) tentam aparentar disposição para o diálogo. O discurso, porém, ainda vem recheado de demandas neoliberais como a revisão de estatais e o enxugamento do Estado, bandeiras há muito superadas pelo povo brasileiro. Ainda assim, Gleisi segue buscando convergência para evitar paralisações e avançar com propostas essenciais, como a reforma do Imposto de Renda.
A proposta que aumenta a faixa de isenção do IR para até R$ 5 mil é uma das prioridades do governo Lula para 2025 e tem apoio popular. Gleisi e o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), estão articulando com Arthur Lira (PP-AL) a votação da matéria. Apesar do relatório já estar pronto, Lira — sempre ligado ao toma-lá-dá-cá — postergou a apresentação alegando "falta de clima", numa sinalização clara de barganha política.
Enquanto Gleisi lidera a reaproximação com o Congresso, Haddad tem sido criticado por manter distância das negociações, o que foi explorado por deputados que desejam mais liberação de emendas. A resistência do ministro em ceder a pressões fisiológicas incomoda os mesmos que, no passado recente, participaram dos esquemas de orçamento secreto durante o governo Bolsonaro.
O Planalto aposta agora numa estratégia de reconstrução da base aliada, sem abrir mão da coerência programática. Gleisi pretende intensificar os contatos nos próximos dias, reafirmando que é possível combinar responsabilidade fiscal com justiça social — sem ceder ao velho jogo de interesses que tanto atrasou o Brasil.
Com informações do Brasil 247
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