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Três dos quatro candidatos à presidência nacional do PT divulgaram uma contundente carta à militância, denunciando ataques orquestrados contra o governo do presidente Lula e alertando para a gravidade da conjuntura política. O manifesto, assinado por Valter Pomar (Articulação de Esquerda), Romênio Pereira (Movimento PT) e Rui Falcão (Novo Rumo), aponta o Congresso Nacional como epicentro da sabotagem, inclusive com apoio de partidos que compõem a base do governo.
Os signatários denunciam que a maioria conservadora do Congresso, aliada a interesses do capital financeiro, tenta sufocar politicamente Lula, subtraindo o poder conferido ao presidente pelo voto popular. A aprovação do PDL que revogou o aumento do IOF foi o estopim da reação dos petistas. A medida, que garantiria até R$ 10 bilhões em arrecadação em 2025, foi derrubada por 383 votos na Câmara e por votação simbólica no Senado.
Na carta, os candidatos denunciam que desde o golpe contra Dilma Rousseff em 2016, a direita vem avançando para usurpar funções do Executivo e impor sua agenda elitista. “O povo votou em Lula. O Congresso quer governar no lugar de Lula. Lula quer melhorar a vida dos pobres. A direita no Congresso quer proteger os ricos”, resumem.
Como resposta à escalada conservadora, os presidenciáveis defendem medidas imediatas: substituição de ministros cujos partidos votam contra o governo, revisão de subsídios que beneficiam os mais ricos, mobilização popular contra o arrocho fiscal e os juros do Banco Central, além de judicialização da revogação do IOF no STF, ação que deve ser movida pela AGU ainda nesta semana.
A carta também busca mobilizar a militância para a eleição interna do PT, marcada para 6 de julho, com possível segundo turno em 20 de julho. Os autores defendem que a direção do partido precisa sair da defensiva e enfrentar os ataques com firmeza e protagonismo.
Edinho Silva, da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil e aliado próximo de Lula, foi o único dos candidatos que não assinou o manifesto. A eleição deste ano marca a volta das diretas no PT, após 12 anos. Gleisi Hoffmann, que ocupava a presidência, deixou o cargo para assumir a Secretaria de Relações Institucionais, e o senador Humberto Costa comanda interinamente a sigla.
Com informações do Brasil 247
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