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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta terça-feira (1º) expulsar o bilionário Elon Musk do país, após críticas feitas pelo empresário ao projeto de lei do orçamento federal. Musk, que foi o maior doador da campanha de Trump em 2024 e chegou a ocupar um cargo no governo, rompeu com o republicano em junho devido ao fim de subsídios voltados à indústria de veículos elétricos.
Desde o rompimento, Musk tem feito duras críticas às políticas trumpistas, acusando o presidente de sabotar os avanços dos Estados Unidos em tecnologias limpas e sustentáveis. Em reação, Trump ameaçou usar a comissão de eficiência governamental, conhecida como DOGE — antes comandada pelo próprio Musk — para investigar os incentivos públicos concedidos à Tesla e à SpaceX.
Durante coletiva na Casa Branca, Trump foi questionado sobre a possibilidade de deportar Musk e respondeu de forma ameaçadora: “Talvez o DOGE tenha que devorar o Elon”. A declaração deixou clara a escalada autoritária e o comportamento vingativo do presidente americano contra antigos aliados que se recusam a obedecer cegamente.
A tensão cresceu ainda mais após Musk afirmar que Trump estaria citado nos chamados “arquivos de Epstein” — documentos ligados ao bilionário pedófilo Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de menores. Musk sugeriu que Trump estaria envolvido ou ao menos próximo da rede de abuso que escandalizou os EUA.
Na noite de segunda-feira (30), o presidente dos EUA publicou novos ataques contra Musk em sua rede Truth Social, afirmando que, sem subsídios governamentais, o bilionário teria que “fechar tudo e voltar para a África do Sul”. A fala, além de xenofóbica, representa uma ameaça direta ao maior nome da indústria de veículos elétricos do país.
A disputa escancara o autoritarismo de Trump, que tenta calar qualquer crítica com chantagens e perseguições. O episódio reforça o caráter antidemocrático do atual governo norte-americano e a gravidade da aliança entre poder político e bilionários, agora em fratura.
Com informações do DCM
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