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A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) admitiu oficialmente, por meio da Lei de Acesso à Informação, que utilizou o método informal conhecido como "olhômetro" para estimar em 400 mil pessoas o público do ato bolsonarista em Copacabana no dia 16 de março. A revelação, publicada no blog de Octavio Guedes, expõe a ausência de critérios técnicos na contagem oficial.
O protesto, realizado na zona sul do Rio, reuniu apoiadores de Jair Bolsonaro que pediam anistia para envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 – quando sedes dos Três Poderes foram invadidas em Brasília. Enquanto a PM-RJ divulgava números inflados, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) empregaram tecnologia de análise de imagens por satélite e inteligência artificial, chegando a 18.300 participantes.
A precisão científica da USP gerou reações violentas nas redes sociais, com bolsonaristas atacando os pesquisadores. O episódio revela a disparidade entre discurso político e realidade: autoridades policiais ignoraram métodos comprovados, enquanto universidades foram penalizadas por apresentar dados técnicos.
Atualmente, Bolsonaro aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) como réu principal na ação sobre a tentativa de golpe, junto com mais 33 investigados. O caso avança enquanto setores extremistas continuam a distorcer fatos para fins políticos.
Bolsonaro reuniu 1 milhão de pessoas em Copacabana e não venham dizer que participaram só 18,3 mil, igual aos esquerdistas da USP. pic.twitter.com/5A4hKwgkwY
— Thiago Bagatin (@ThiagoBagatin) March 17, 2025