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Após sucessivas derrotas no Congresso e o avanço da extrema direita, o governo Lula decidiu retomar uma estratégia decisiva: a formação de uma superfederação de partidos progressistas. A proposta foi apresentada a lideranças do PCdoB, PV, PSB e PDT, com o objetivo de fortalecer a base governista e preparar terreno para as eleições de 2026, em um cenário cada vez mais hostil imposto pela direita.
O estopim para a reativação da ofensiva foi a derrubada do decreto presidencial que reajustava o IOF — uma manobra bolsonarista comandada por Hugo Motta e pelo centrão, que impôs ao governo sua maior derrota no Congresso desde a redemocratização. A ação expôs a fragilidade da articulação com a base, mesmo após a entrega de espaços ao centrão na Esplanada.
Apesar de não rejeitarem a proposta, partidos como PSB e PDT demonstraram resistência. O PSB, ligado ao vice-presidente Geraldo Alckmin, teme perder autonomia frente à força do PT e já negocia com o Cidadania. Já o PDT se afastou do governo após o escândalo envolvendo Carlos Lupi no INSS e hoje flerta com setores conservadores do Congresso, marcando mais uma perda para o campo progressista.
O Planalto avalia que a superfederação pode reorganizar as forças à esquerda, garantindo maior representatividade no Congresso e barrando o avanço bolsonarista. A aliança, caso concretizada, obrigaria os partidos a atuarem como uma só legenda por quatro anos, com decisões conjuntas sobre candidaturas e votações, fortalecendo a posição do governo em pautas estratégicas.
Lula aposta na condução de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, para liderar as negociações. Cotado para presidir o PT nacional, Edinho tem perfil conciliador e bom trânsito entre as legendas do campo progressista. A missão, contudo, exige habilidade política para superar disputas locais e ideológicas num momento de instabilidade legislativa e chantagem parlamentar.
Mesmo diante da resistência, o presidente Lula segue determinado a formar uma frente ampla e coesa, ampliando a atual federação com PCdoB e PV. Com o bolsonarismo buscando maioria no Congresso para 2026, o governo precisa se fortalecer para enfrentar um cenário em que concessões já não são suficientes diante de uma oposição que atua como sabotadora sistemática do país.
Com informações do Brasil 247
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