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O presidente Lula se prepara para fazer história mais uma vez ao indicar a advogada Vera Lúcia Araújo para uma vaga de ministra titular no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se confirmada, ela será a primeira mulher negra a ocupar o cargo, em um gesto simbólico e concreto de avanço na representatividade dentro do Judiciário — algo que jamais foi prioridade para o bolsonarismo, que sempre ignorou as pautas de inclusão.
Vera Lúcia faz parte da lista tríplice exclusivamente feminina enviada ao Planalto pelo Supremo Tribunal Federal, por iniciativa inédita da ministra Cármen Lúcia, atual presidente do TSE. Também compõem a lista as advogadas Cristina Maria Neves e Estela Aranha, mas Vera tem o apoio direto de nomes importantes do governo Lula, como a primeira-dama Janja e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Com forte atuação em direitos humanos, Vera é integrante da Comissão Nacional da OAB e da Frente de Mulheres Negras do Distrito Federal. Sua possível nomeação já foi celebrada por mais de cem entidades sociais e antirracistas, que enviaram uma carta ao presidente ressaltando a importância histórica do gesto para um Judiciário mais inclusivo.
Diferente das indicações para o STF, no TSE o presidente da República deve escolher um dos nomes apresentados pelo Supremo. Lula tem até as próximas semanas para tomar a decisão, mas interlocutores do Planalto dizem que Vera desponta como favorita, o que mostraria novamente o contraste entre o governo atual e o desmonte promovido pela extrema-direita nos últimos anos.
Paralelamente, Lula também deverá escolher um nome entre os três indicados na lista masculina: José Levi do Amaral, Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. Floriano, atual ministro do TSE, é o mais cotado para permanecer no cargo e dar continuidade a um trabalho técnico e alinhado à democracia.
A separação das listas por gênero, idealizada por Cármen Lúcia, teve como objetivo garantir presença feminina no tribunal que será responsável pelas eleições de 2026. A indicação de Vera Lúcia, além de justa, seria mais um passo do governo Lula na construção de um Brasil mais representativo, diverso e distante das trevas bolsonaristas.
Com informações do DCM
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