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Lula e Haddad negociam com Congresso saída para crise do IOF sem ceder à extrema-direita

1266 visitas - Fonte: Plantão Brasil

As negociações para destravar a crise entre o Palácio do Planalto e o Congresso em torno do decreto legislativo que barrou o aumento do IOF serão retomadas na próxima semana, com articulação direta do presidente Lula, do ministro Fernando Haddad e dos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. A expectativa é de que uma solução política prevaleça, evitando um desgaste institucional maior e mantendo a governabilidade.

O governo chegou a acionar o STF, mas aposta em um entendimento que inclua um “acordo global” com o Congresso, mediado ou não pelo ministro Alexandre de Moraes. O impasse teve início após parlamentares, sob forte influência de setores bolsonaristas, barrar o aumento do IOF, que era estratégico para ampliar a arrecadação e manter os compromissos fiscais sem prejudicar os mais pobres.

Diante da resistência ao aumento de impostos, o Planalto alerta que não há mais margem para corte de gastos, já que o governo Lula vem tentando ajustar as contas sem desmontar políticas sociais — ao contrário do que fez o desgoverno anterior. As sugestões técnicas do ministro Haddad vêm sendo rejeitadas por setores conservadores do Congresso que agem mais para sabotar do que para colaborar.

Para resolver o impasse, o governo avalia uma articulação cruzada: aprovar temas de interesse do Congresso, como o aumento no número de deputados federais, em troca do apoio a projetos estratégicos do Executivo, como a revisão dos bilionários benefícios fiscais concedidos a grupos privilegiados — herança da farra fiscal promovida no bolsonarismo.

No entanto, setores radicais da oposição, ligados ao bolsonarismo, tentam envenenar as negociações ao insistir na inclusão da anistia aos golpistas de 8 de janeiro, algo que o governo Lula e setores democráticos consideram inegociável. A tentativa de blindar criminosos antidemocráticos pode travar os avanços e gerar nova crise política.

A definição desse impasse deve ocorrer a partir de terça-feira (8), com Lula já de volta da Cúpula do BRICS e os principais líderes do Congresso presentes em Brasília. O governo segue firme na defesa da democracia, da responsabilidade fiscal com justiça social e da reconstrução do Brasil.
Com informações do Brasil 247

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