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A Polícia Civil de São Paulo prendeu João Nazareno Roque, técnico de TI que confessou ter vendido suas credenciais de acesso por R$ 15 mil a uma quadrilha especializada em ataques cibernéticos. A revelação escancara o grau de infiltração de criminosos no sistema financeiro e os riscos que correm empresas terceirizadas por não investirem devidamente em segurança e compliance.
Roque trabalhava há três anos na C&M, prestadora de serviços para a BMP Instituição de Pagamento S/A, alvo principal da ação criminosa. Em depoimento, ele contou que foi abordado por um estranho à saída de uma casa noturna em São Paulo, que já sabia onde ele trabalhava. O aliciador ofereceu inicialmente R$ 5 mil por informações internas e, dias depois, mais R$ 10 mil em espécie por comandos executados diretamente na plataforma.
Segundo o relato, os hackers trocavam de número de telefone e de aparelhos a cada quinze dias, dificultando rastreamento. Durante a operação criminosa, Roque teria mantido contato com pelo menos quatro integrantes da quadrilha.
O ataque atingiu diretamente a BMP, que agora tenta reaver os valores desviados e desarticular a organização criminosa. A empresa é representada pelos advogados Daniel Bialski e Bruno Borragine, que elogiaram a ação coordenada da Polícia Civil e do Judiciário no avanço das investigações.
A prisão de Roque ocorreu na zona norte da capital paulista, no bairro City Jaraguá. Até o momento, nem ele nem a empresa C&M se manifestaram oficialmente. O caso reforça a importância de blindar o setor financeiro contra infiltrados e golpistas, num país que ainda se recupera dos danos provocados por anos de desgoverno bolsonarista.
Com informações do Brasil 247
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