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A presidência da Câmara dos Deputados, sob comando do bolsonarista Hugo Motta (Republicanos-PB), se recusou a divulgar quem viajou com ele em jatinho da Força Aérea Brasileira (FAB) para Lisboa, onde participou do Fórum Jurídico organizado por aliados do ministro Gilmar Mendes, do STF. O avião público decolou na segunda-feira (30) com a comitiva lotada, incluindo parlamentares como Arthur Lira (PP-AL), todos convidados por Motta.
Mesmo sendo uma viagem bancada com recursos do povo brasileiro, a Câmara alegou "questões de segurança" para esconder os nomes dos passageiros. O pedido foi feito via Lei de Acesso à Informação (LAI), mas a Casa ignorou o decreto de 2020 que obriga o órgão solicitante — nesse caso, a própria Câmara — a fornecer os dados. A Aeronáutica, por sua vez, ainda não se pronunciou.
Enquanto os deputados bolsonaristas viajaram de jatinho público, os ministros do Supremo Tribunal Federal deram exemplo: Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes foram ao evento em voos comerciais pagos pelos organizadores. O contraste escancara o abuso de privilégio por parte do Legislativo.
Durante o fórum em Lisboa, Motta dividiu painel com Gilmar Mendes e outros convidados, discutindo a chamada “reforma administrativa”. Mas o debate acabou ofuscado pela polêmica envolvendo o uso da aeronave militar e o sigilo imposto à viagem.
A recusa em divulgar os nomes da comitiva acende o alerta sobre o uso indevido da estrutura pública por políticos que, em outras ocasiões, bradam por “transparência” e “responsabilidade fiscal”. Enquanto o governo Lula trabalha para reconstruir o país e reduzir desigualdades, bolsonaristas seguem agindo como donos do Estado, voando com dinheiro público e escondendo seus rastros.
A omissão de informações não é apenas falta de transparência — é um insulto à democracia e à população brasileira.
Com informações do Brasil 247
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