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O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, símbolo do uso político da máquina pública no governo Bolsonaro, foi condenado por improbidade administrativa e terá de pagar multa de R$ 546,6 mil. A decisão, unânime na 8ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), reformou a sentença de primeira instância e expôs como a PRF foi transformada em palanque eleitoral para o ex-presidente.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF-RJ), Vasques instrumentalizou a PRF para favorecer a reeleição de Jair Bolsonaro em 2022, violando princípios básicos da administração pública como legalidade, impessoalidade e moralidade. A Justiça concluiu que ele atuou deliberadamente para influenciar o pleito, confundindo o papel de servidor público com o de cabo eleitoral do então presidente.
Entre os atos ilícitos estão entrevistas e postagens nas redes sociais usando uniforme e símbolos da PRF para passar mensagens políticas, participação em eventos oficiais com apoio explícito a Bolsonaro e até pedido aberto de voto na véspera do segundo turno. Um dos episódios mais escandalosos foi a entrega, em cerimônia oficial, de uma camisa do Flamengo com o número 22 — o mesmo número do candidato — ao então ministro bolsonarista da Justiça, Anderson Torres. Na época, Vasques tentou justificar dizendo que o número se referia ao ano ou a um jogador do time.
Silvinei entregou de presente para o Min. Anderson Torres uma camisa do Flamengo durante um ato oficial da PRF. Na CPMI, ele disse que o número 22 não tinha nada a ver com Bolsonaro, e que fazia referência a Rodinei e ao gol da vitória da Copa do Brasil. DETALHE: a foto é de… pic.twitter.com/W021Vvue9G
— Lázaro Rosa ???? (@lazarorosa25) June 21, 2023