Extradição de Pizzolato: Só "efeito Battisti" salva

Portal Plantão Brasil
5/2/2014 16:10

Extradição de Pizzolato: Só "efeito Battisti" salva

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Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo anuncia que País "tomará todas as providências necessárias" para pedir à Itália a extradição do ex-diretor de marketing do BB Henrique Pizzolato, preso em Maranello nesta quarta-feira 5; em 2010, no último dia de seu mandato, após Itália tomar todas as providências necessárias pela extradição do condenado à prisão perpétua Cesare Battisti, então presidente Lula assinou parecer, confirmado pelo STF, que mantém Battisti no Brasil, livre, até hoje; caso não receba o mesmo tratamento, Pizzolato, ao voltar, dificilmente terá do PT a solidariedade emprestada aos também condenados José Genoino, Delúbio Soares, José Dirceu e João Paulo; para o fujão, o que vai valer será o ditado Dura Lex, Sed Lex



Resta ainda uma chance ao ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Agora que, preso em Maranello, na Itália, ele terá sua extradição requisitada formalmente pelo Ministério da Justiça do Brasil, apenas o chamado "efeito Cesare Battisti" pode salvá-lo de fazer companhia a seus antigos companheiros de PT atrás das grades brasileiras. É difícil, mas não é impossível que isso aconteça. E a motivação seria política.



"[Pedir a extradição] é nosso dever e assim o faremos. Comunicaremos a prisão ao Supremo Tribunal Federal e tomaremos todas as providências", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nesta quarta-feira 5. A Polícia Federal informou que Pizzolato, condenato na Ação Penal 470, no processo do mensalão, foi preso em território italiano em operação conjunta com a polícia da Itália.



Recorde-se: no último de seu segundo mandato, em 31 de dezembro de 2010, o então presidente Lula assinou parecer que manteve Batisti no Brasil, apesar de pedido de extradição feito pela Itália. O ativista político italiano foi condenado em seu país à pena de prisão perpétua, pela morte de quatro pessoas num atentado político na década de 1970. Sem nem mesmo ter dupla cidadania, como Pizzolato, o italiano Battisti foi considerado exilado no Brasil e, atualmente, é um imigrante que vive no litoral de São Paulo. Em protesto, na ocasião da recusa à extradição a Itália convocou ao país em embaixador em Brasília e o Conselho de Ministros emitiu nota condenando a atitude brasileira.



O troco pode acontecer agora. Nas alegações que divulgou, por meio de seu advogado, para a fuga, Pizzolato afirmou que rumara para a Itália, foragido do Brasil, em busca da "verdadeira Justiça" para seu caso. No entanto, não se entregou em busca de um julgamento, mas foi preso pelos carabinieri por porte de documento falso. Caso sua situação de clandestinidade seja relevada em benefício de sua real cidadania italiana, Pizzolato terá de contar com uma verdadeira 'vendetta' do governo italiano sobre o brasileiro. Em troca a não extradição de Batisti, a Itália igualmente manteria em seu território, agora, o fujão Pizzolato.



A não extradição beneficiou outro brasileiro famoso que também tinha cidadania italiana, o ex-banqueiro Salvatore Cacciola. Em 2007, após sete anos vivendo na Itália e foragido da Justiça brasileira, que o havia condenado a 13 anos de prisão por desvio de dinheiro no escândalo da quebra dos bancos Marka e FonteCindam, Cacciola foi preso em Mônaco pela Interpol quando tentava entrar no



Principado. Ele foi mandado de volta ao Brasil onde cumpriu pena até agosto de 2011, quando conseguiu o benefício da liberdade condicional. Atualmente, está livre.



Caso a Itália atenda o pedido oficial do governo brasileira pela extradição de Pizzolato, ele dificilmente terá no Brasil a mesma solidariedade emprestada pelos dirigentes e militantes de seu partido, o PT, aos demais condenados da legenda na AP 470. Em lugar de permanecer no País, ele optou por uma fuga tipo cinematográfica para a Itália, via Argentina. Uma vez no país de sua escolha, Pizzolato até mesmo movimentou uma conta mantida em sigilo na Suíça. O rastreamento nos saques dessa conta levaram a polícia italiana a encontrar, nesta quarta-feira 5, seu paradeiro em Maranello.



Já considerado um fujão, que em lugar de resistir politicamente preferiu aumentar as certezas dos juízes que condenaram os petistas – e da parte do público que apoio essas sentenças dadas pelo Supremo Tribunal Federal --, ao correr ao exterior e acessar uma conta provavelmente milionária, Pizzolato desgarrou-se do partido. Não se espere em benefício dele, uma vez no Brasil, vaquinhas como as que já geraram recursos para José Genoíno e Delúbio Soares pagarem suas multas. Assim como deve acontecer nos casos dos também condenados José Dirceu e João Paulo Cunha.



Pizzolato sentirá na pele, com a extradição consumada, o significado da expressão latina Dura Lex, Sed Lex – A Lei é Dura, porém é a Lei. Não há previsão de que algum petista estrelado se pronuncie, no caso dele, em contrário.





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