8/3/2022 16:08

Reino Unido vai apoiar Polônia em decisões de fornecer jatos militares à Ucrânia

139 visitas - Fonte: RT

O secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, assegurou à Polônia que a Grã-Bretanha a apoiará, “ qualquer escolha ” que Varsóvia faça com relação à entrega de aeronaves militares ao governo ucraniano. O funcionário do Reino Unido, no entanto, alertou que a medida pode significar um confronto militar entre Varsóvia e Moscou.


Falando à Sky News na terça-feira, Wallace observou que a própria Londres não poderia fornecer a Kiev o tipo de jatos que os pilotos ucranianos podem operar. No entanto, de acordo com o secretário de Defesa, a Polônia está em condições de fazê-lo e, caso comece a entregar aviões de guerra para a Ucrânia, a Grã-Bretanha “ protegeria a Polônia ” e “ ajudá-los-ia com tudo o que precisarem”. ”

Wallace continuou dizendo que “a Polônia entenderá que as escolhas que fizerem não apenas ajudarão diretamente a Ucrânia ”, mas também possivelmente “ os colocarão na linha direta de fogo de países como Rússia ou Bielorrússia. ”

Desde que a Rússia lançou sua ofensiva militar em 24 de fevereiro, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tem pedido aos aliados ocidentais que estabeleçam uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, ou pelo menos forneçam jatos de combate a Kiev.


Embora a OTAN tenha deixado claro que não entrará em confronto direto com a Rússia ao tentar fechar o espaço aéreo ucraniano, houve relatos da mídia sugerindo que certas nações do Leste Europeu podem apoiar a Força Aérea Ucraniana com caças de fabricação soviética.

Em 27 de fevereiro, o principal diplomata da UE, Josep Borrell, sugeriu que o bloco poderia fornecer à Ucrânia aeronaves militares financiadas pela UE. Alguns dias depois, Borrell reconheceu que Bruxelas não tinha meios financeiros suficientes para pagar os caças. Segundo relatos, no entanto, ele abordou informalmente a Bulgária, a Polônia e a Romênia, pedindo-lhes que doassem aviões de guerra para a Ucrânia em uma base bilateral. O Politico afirma que os estados membros da UE não ficaram impressionados com a iniciativa de Borrell, já que o esquema ainda não havia sido acordado.


Várias autoridades ucranianas passaram a alegar que os pilotos chegaram à Polônia, com a UE preparada para doar um total de 70 caças, como afirmou o parlamento ucraniano.

No entanto, logo depois, líderes das nações do Leste Europeu que supostamente concordaram em entregar caças para a Ucrânia emitiram refutações.

O primeiro-ministro da Bulgária, Kiril Petkov, citou a falta de caças operacionais em sua própria força aérea, acrescentando que Sofia não estava em condições de doar nenhum para outros países.

O Ministério da Defesa da Eslováquia também negou que tivesse tais planos.

O presidente polonês, Andrzej Duda, também disse que seu país “ não enviará jatos para o espaço aéreo ucraniano ”, pois a medida “ abriria uma interferência militar no conflito ucraniano. ”


No entanto, alguns relatórios afirmam que os EUA estão trabalhando em um acordo com a Polônia no qual Washington promete substituir os jatos MiG-29 de fabricação soviética por F-16, caso Varsóvia concorde em entregar o primeiro a Kiev.

Aparecendo no programa ’Face the Nation’ da CBS no domingo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, parecia confirmar esses relatos da mídia, dizendo que os EUA estavam “ conversando com nossos amigos poloneses agora sobre o que poderíamos fazer para suprir suas necessidades se na verdade, eles optam por fornecer esses caças aos ucranianos. ”

O Ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, alertou a Romênia e a Polônia no fim de semana que eles podem acabar sendo arrastados para a guerra se receberem aviões de combate ucranianos que atacam as forças russas.


A Rússia lançou uma ofensiva militar contra a Ucrânia no final de fevereiro, com o presidente Vladimir Putin nomeando a “ desmilitarização e desnazificação ” do país como os principais objetivos da operação. Ele também alegou que o governo ucraniano estava realizando “ genocídio ” da população de língua russa das repúblicas de Donbass. A Ucrânia e seus aliados ocidentais descartaram isso como um pretexto para o que chamam de agressão “ não provocada ” contra um estado soberano.

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