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O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, anunciou neste sábado (11) uma ampla reestruturação na autarquia com foco no combate a fraudes, revisão de benefícios e profissionalização da gestão. A iniciativa, segundo ele, busca resgatar a credibilidade do INSS após anos de aparelhamento e escândalos, muitos deles iniciados durante o governo anterior.
Waller defendeu o fim do modelo atual de empréstimo consignado, classificando a intermediação entre aposentados e bancos como um desgaste desnecessário para o órgão. “Estamos no centro de um esquema que mancha o nome do INSS e traz quase nenhum benefício real”, disse. Para ele, manter o atual modelo apenas expõe a instituição a fraudes bilionárias e desgaste institucional.
A nova gestão pretende ainda substituir cargos estratégicos por técnicos de carreira, eliminar interferências políticas e bloquear práticas que facilitaram o avanço de quadrilhas sobre os dados dos beneficiários. Waller também revelou que cerca de R$ 2,5 bilhões em bens já estão judicialmente bloqueados e que o governo pedirá autorização para venda antecipada dos ativos, a fim de acelerar o ressarcimento das vítimas.
O presidente destacou que a fragilidade dos controles digitais durante a pandemia foi crucial para o avanço das fraudes, e alertou que parte dos mesmos criminosos que atuaram naquele período continuam ativos. Ele criticou a concentração de poder nas mãos de indicações políticas e defendeu maior autonomia técnica para as chefias regionais do instituto, elogiando o apoio recebido do ministro da Previdência, Wolney Queiroz.
Sobre as entidades envolvidas no escândalo dos descontos associativos, Waller afirmou que a responsabilização será feita com base técnica, sem proteger nenhuma organização ligada a figuras próximas ao atual governo. “A lei anticorrupção está sendo aplicada com o mesmo rigor para todos”, garantiu. A revisão geral pretende mapear os casos, quantificar os prejuízos e assegurar que o uso de recursos públicos só ocorra após o esgotamento de medidas judiciais.
A estimativa inicial aponta que até R$ 5,9 bilhões possam ser recuperados, beneficiando mais de 9 milhões de segurados que tiveram descontos indevidos desde 2020. “É o momento de proteger os aposentados e reconstruir o INSS como referência de serviço público digno e eficiente”, afirmou Waller. Com informações.
Com informações da Folha de S.Paulo
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