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Eurodeputados de esquerda começaram a se mobilizar para barrar articulações da extrema direita que tentam arrastar o Parlamento Europeu para o jogo sujo bolsonarista contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ofensiva dos aliados de Jair Bolsonaro cresceu após os Estados Unidos, sob influência trumpista, aplicarem arbitrariamente a Lei Magnitsky contra o magistrado brasileiro.
Parlamentares de Portugal e da Itália já estão articulando uma frente ampla com outros representantes progressistas europeus para isolar as tentativas de interferência no Judiciário brasileiro. A prioridade é impedir que o Parlamento Europeu, sem nenhuma competência formal sobre o tema, se transforme em palanque da extrema direita.
O eurodeputado português Francisco Assis, da Comissão de Política Externa e Direitos Humanos, foi direto: “O Parlamento Europeu não tem atribuições nesse domínio”. Segundo ele, a maioria dos deputados é contrária a qualquer tipo de ingerência contra o STF e não vê sentido em atender aos apelos bolsonaristas.
Assis ainda ironizou uma carta enviada por bolsonaristas à Alta-Comissária da União Europeia: “Enviar uma carta é fácil. Eu até posso enviar uma carta ao Papai Noel”. O eurodeputado também alertou para os vínculos entre o bolsonarismo e a ultradireita europeia, embora tenha destacado que esse grupo é claramente minoritário.
Até o momento, nenhuma das ações articuladas por apoiadores de Bolsonaro foi sequer discutida no plenário europeu. A estratégia dos extremistas, que tentam se apresentar como defensores dos direitos humanos enquanto pedem sanções contra juízes brasileiros, tem encontrado forte resistência.
Enquanto isso, no Brasil, tanto o STF quanto o governo Lula tratam as sanções de Trump como uma manobra política para enfraquecer as instituições democráticas. Autoridades brasileiras seguem discutindo medidas legais e diplomáticas em fóruns internacionais para proteger a soberania nacional.
Com informações do DCM
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