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A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,8% no trimestre encerrado em junho, alcançando o menor patamar desde o início da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (31) pelo IBGE, refletem o forte desempenho do mercado de trabalho durante o governo Lula. Para o economista Fernando Holanda Barbosa Filho, do FGV Ibre, o resultado é surpreendente. “O mercado de trabalho está voando”, disse.
Entre os indicadores que reforçam esse cenário positivo, está a proporção recorde de pessoas ocupadas: 58,8% da população em idade de trabalhar. A renda média real dos trabalhadores também cresceu 3,8% no ano. Segundo Barbosa Filho, todos os dados apontam para um cenário bastante favorável para os trabalhadores, mesmo diante dos juros ainda altos herdados do ciclo anterior.
Apesar da melhora consistente, o economista alerta para desafios macroeconômicos. A elevação da renda, superior ao avanço da produtividade, pode pressionar a inflação, gerando um dilema clássico entre crescimento e estabilidade de preços. Ainda assim, o avanço no emprego é um indicativo de fortalecimento da economia interna.
Outro ponto destacado é o problema estrutural da produtividade. Para Barbosa Filho, medidas como aumento da escolarização ou qualificação profissional não têm gerado ainda os efeitos esperados. Ele critica a defasagem de cursos oferecidos por programas como o Pronatec, que, segundo ele, precisam ser mais alinhados às demandas reais do mercado.
O economista defende que o foco precisa ser na melhoria da qualidade do ensino e na atualização dos programas de qualificação. “Não adianta preparar uma pessoa para uma atividade que o mercado não demanda”, disse. Ainda assim, os dados atuais indicam que o trabalhador brasileiro, neste momento, tem muito a comemorar.
Com informações do Brasil 247
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