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Paulo Figueiredo Filho e seu pai, Paulo Figueiredo, herdeiros diretos do último ditador do regime militar, foram condenados por fraudes milionárias no mercado financeiro envolvendo a marca do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A dupla foi inserida na Dívida Ativa da União por não pagar multas superiores a R$ 100 milhões, aplicadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), devido à prática de operações fraudulentas, desvio de recursos e enriquecimento ilícito durante a construção de um hotel no Rio de Janeiro.
A fraude aconteceu por meio de um fundo de investimento criado pelos Figueiredo com promessas de construir um hotel de luxo com a marca Trump antes das Olimpíadas de 2016. O fundo captou cerca de R$ 250 milhões, mas foi usado para pagar empresas de fachada ligadas aos próprios Figueiredo, que embolsaram mais de R$ 33 milhões. Um dos exemplos mais escandalosos foi a contratação da empresa Polaris, formalmente pertencente aos próprios condenados, para supostamente fiscalizar o andamento do projeto, sem que os serviços fossem efetivamente prestados.

Outras irregularidades incluíram o uso da empresa Maramar para importar materiais, mas quem recebeu a maior parte dos valores foi outra firma, a Great Wall, também controlada por Paulo Figueiredo Filho. Essa triangulação gerou pagamentos absurdos — comissões de quase o dobro do valor pago pela própria importação — e foi apenas uma entre as várias manobras usadas para sugar recursos do fundo.
O processo administrativo da CVM, que já teve decisão definitiva e transitada em julgado, detalha que a prática dos Figueiredo foi sistemática: criavam empresas de fachada, emitiam notas frias e desviavam os recursos captados de investidores. Em uma das transações, inclusive, contrataram a própria casa onde moravam como sede de uma empresa fantasma. A investigação também demonstrou que os serviços alegadamente prestados não passaram de relatórios incompletos, com conteúdo copiado e colado.

Paulo Figueiredo Filho, que se apresenta como jornalista bolsonarista e costuma atacar o Supremo Tribunal Federal e o ministro Alexandre de Moraes, foi investigado pela Polícia Federal por envolvimento com a tentativa de golpe de Estado de 2022, ao lado de Eduardo Bolsonaro. Teve passaporte cancelado, bens bloqueados e redes sociais suspensas por decisão do STF. A verdade é que sua atuação política extremista é apenas um disfarce para encobrir o que realmente é: um operador financeiro condenado por fraudes.
O resumo do episódio feito pela CVM diz tudo:
"“Os pagamentos feitos pela LSH Barra a alguns de seus fornecedores apresentaram indícios de irregularidades, porque os serviços contratados não teriam sido efetivamente entregues e haveria potenciais conflitos de interesse na relação entre tais fornecedores e dirigentes da LSH Barra.
Paulo Filho, valendo-se de sua condição de “sócio desenvolvedor” e responsável pela estruturação do projeto de investimento, como também de sua posição nas instâncias decisórias da LSH Barra, teria arquitetado um modus operandi destinado a transferir recursos do caixa da companhia, para amealhar vantagens patrimoniais e financeiras para si próprio, como também para membros de sua família e pessoas que lhe eram próximas.
Assim, o conjunto de ações dos agentes para desviar recursos teria incluído a utilização de ardil ou artifício destinado a induzir ou manter terceiros em erro, para obter vantagem ilícita de natureza patrimonial, configurando operação fraudulenta.”
Com informações do DCM
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