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A bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) continuará detida na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, enquanto responde ao processo de extradição para o Brasil. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (1º), pela Corte de Apelação de Roma, após audiência de custódia. A ex-deputada foi presa no dia 29 de julho em um apartamento de uma empresária brasileira, onde estava escondida após fugir da Justiça brasileira.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos de prisão por contratar um hacker para forjar um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Fugiu do Brasil passando pela Argentina e pelos Estados Unidos, até chegar à Itália, onde usou sua cidadania italiana na tentativa de escapar da pena. Desde a fuga, Moraes determinou o bloqueio de suas redes sociais, contas bancárias e passaporte.
O governo Lula, por meio da Advocacia-Geral da União, já formalizou o pedido de extradição. A tramitação pode ser longa, envolvendo dois tribunais italianos — a Corte de Apelação e a Corte de Cassação — antes de chegar ao ministro da Justiça da Itália, que decidirá com base em critérios políticos. A expectativa é que o processo leve entre seis meses e um ano e meio.
Apesar da condenação, a perda oficial do mandato de Zambelli ainda precisa ser confirmada pela Câmara dos Deputados. A análise do caso deve ocorrer a partir de agosto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O STF já determinou a cassação, e cabe ao Legislativo apenas formalizar a perda do cargo.
Enquanto isso, Zambelli permanece encarcerada e poderá receber visitas de seu pai e de seu advogado. O próximo passo do processo é uma nova audiência judicial, prevista para meados de agosto. Seu pai, João Hélio Salgado, afirmou que a filha está "frágil e com problemas de saúde", sem dar detalhes sobre seu estado clínico.
Com informações do DCM
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