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Durante viagem de férias aos Estados Unidos no início de julho, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, recusou uma tentativa de aproximação feita por Paulo Figueiredo, neto do ditador João Figueiredo e articulador bolsonarista no exterior. O episódio ocorreu em Miami, onde o ministro desembarcou após participar de um evento em Lisboa.
Paulo Figueiredo, atualmente radicado nos EUA, é um dos principais operadores da ala golpista ligada a Eduardo Bolsonaro no país. Ele atua em articulações que buscam impor sanções internacionais contra autoridades brasileiras e tem se empenhado em difundir ataques ao Judiciário e à democracia do Brasil. Segundo declarou ao site Metrópoles, um amigo em comum teria sugerido o encontro com Barroso, que declinou.
O bolsonarista alegou que foi informado sobre a presença de Barroso por meio do governo norte-americano. Disse que existia um "impasse" sobre a entrada do ministro no país, mas que ela foi autorizada para evitar conflito diplomático, já que no dia seguinte seria anunciado o aumento de tarifas comerciais pelos EUA contra o Brasil.
Mesmo tentando posar como conciliador, Figueiredo admitiu que o encontro não foi para frente por decisão do ministro do STF. “Uma pena não ter ocorrido”, disse, tentando amenizar o constrangimento. Tentou ainda atribuir à cordialidade a motivação da conversa que não se concretizou, alegando ter amigos em comum com Barroso.
A tentativa de aproximação aconteceu em meio a uma série de investidas de Figueiredo e aliados bolsonaristas contra o STF. Apesar de sua ligação direta com Eduardo Bolsonaro, ele afirmou que o deputado não teria conhecimento da proposta de encontro com o ministro. A recusa de Barroso deixa claro que não há espaço para diálogo com quem atua contra as instituições democráticas brasileiras.
Com informações do DCM
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