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O Supremo Tribunal Federal retomou os trabalhos nesta sexta-feira (1º) com uma forte reação institucional contra as sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ministro Alexandre de Moraes. A ofensiva do governo norte-americano é vista pelos ministros como uma tentativa inaceitável de ingerência nos assuntos internos do Brasil para favorecer Jair Bolsonaro.
Durante a sessão de abertura do semestre, ministros como Moraes, Barroso, Gilmar Mendes, Flávio Dino e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, devem manifestar apoio à independência do Judiciário. A resposta pública ocorre em meio a articulações jurídicas lideradas pela AGU, que analisa medidas legais contra os EUA, incluindo ações em tribunais internacionais e contestações à chamada Lei Magnitsky.
Na véspera, o presidente Lula recebeu os ministros em um jantar no Palácio da Alvorada, onde foi discutida a estratégia de reação à escalada golpista articulada por Trump e aliados de Bolsonaro. A avaliação unânime entre os integrantes do STF é de que as sanções contra Moraes violam normas internacionais e não têm qualquer base legal, já que ele não foi julgado nem teve direito à defesa.
Além da tentativa de desmoralização de Moraes, o governo Trump também impôs um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, o que reforça a percepção de que há uma ofensiva coordenada contra o Brasil. Ministros do STF enxergam as medidas como parte de uma estratégia para desestabilizar as instituições e abrir caminho para o bolsonarismo retomar o poder.
O episódio se soma à contagem regressiva para o início do julgamento da trama golpista de Bolsonaro, previsto para setembro. O relator Alexandre de Moraes já recebeu as alegações finais de Mauro Cid, e os demais réus deverão apresentar suas defesas em breve. O objetivo é concluir a análise dos cinco núcleos golpistas ainda neste ano, sem permitir que pressões externas interfiram no curso da Justiça brasileira.
Com informações do DCM
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