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Diante do tarifaço de 50% imposto por Donald Trump a produtos brasileiros, o governo Lula (PT) vai adotar medidas emergenciais para proteger os empregos mais ameaçados pela queda nas exportações. O plano é oferecer apoio direto aos trabalhadores, inspirado no programa “Apoio Financeiro RS”, utilizado após as enchentes de 2023 no Rio Grande do Sul.
A proposta prevê o pagamento de duas parcelas de um salário mínimo (R$ 1.518) a trabalhadores formais de empresas afetadas — incluindo estagiários e aprendizes — desde que os empregadores mantenham os empregos por pelo menos quatro meses. A contrapartida visa garantir renda a famílias de baixa renda e evitar demissões em massa, especialmente nos setores mais atingidos, como calçados, têxteis e carnes.
Além do auxílio, o governo estuda suspender temporariamente o recolhimento do FGTS, permitir acordos de lay-off pagos com recursos do FAT e liberar linhas de crédito especiais com juros reduzidos via FGO. As empresas terão que comprovar perdas no faturamento para ter acesso ao benefício, semelhante ao modelo do BEm adotado durante a pandemia.
O vice-presidente Geraldo Alckmin já indicou que, diante do caráter excepcional do tarifaço, os gastos com o programa emergencial podem ficar fora das metas fiscais. A previsão é que as medidas tenham efeito temporário, até que os setores consigam redirecionar a produção para outros mercados.
Enquanto isso, o varejo se movimenta para avaliar os efeitos indiretos da medida. A Abras encomendou estudo da RC Consultores, que projeta desorganização nas cadeias produtivas internas e possível excesso de produtos no mercado nacional, mesmo que o varejo não tenha sido alvo direto das tarifas. A estimativa é de impactos significativos nos primeiros meses e ajustes ao longo de dois anos e meio.
Com informações da Fórum
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