1764 visitas - Fonte: Plantão Brasil
O agronegócio, base fiel do bolsonarismo, foi o setor mais atingido pela tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Enquanto áreas como aviação, mineração e petróleo foram poupadas, itens centrais da pauta do agro, como carne bovina e café, ficaram de fora das exceções. Só em 2024, o setor respondeu por 30% das exportações para os EUA, movimentando US$ 12,1 bilhões.
A dependência é gritante em produtos como carne bovina industrializada, com 65% das exportações brasileiras voltadas ao mercado norte-americano. Entre janeiro e junho de 2025, o Brasil exportou US$ 1,03 bilhão em carne e US$ 1,17 bilhão em café. Com a entrada em vigor das tarifas em 6 de agosto, o setor já projeta perdas bilionárias e busca apoio do governo Lula para mitigar os efeitos.
Entidades como Abag, Abiec e Abic pressionam por novas negociações para incluir mais produtos na lista de exceções. A Marfrig, uma das gigantes do setor, já suspendeu operações voltadas ao mercado dos EUA. A indústria do pescado, cuja dependência chega a 70%, pediu ao governo federal uma linha emergencial de crédito no valor de R$ 900 milhões.
A ironia do cenário é escancarada: o mesmo agronegócio que apoia politicamente Jair Bolsonaro agora colhe os prejuízos causados por uma decisão do aliado Donald Trump. A bancada ruralista, que sempre seguiu o bolsonarismo no Congresso, agora vê os próprios produtores serem os mais penalizados por uma política externa marcada por ideologia e submissão a interesses estrangeiros.
Com informações do DCM
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