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Há décadas os Estados Unidos não interferiam de forma tão descarada nos assuntos internos de um país da América Latina como estão fazendo agora no Brasil. Mas desta vez, em vez de ceder ou se calar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu enfrentar o império de frente — e Donald Trump encontrou um adversário com coragem e convicção.
A nova ofensiva de Washington tem um objetivo claro: impedir que Jair Bolsonaro seja punido pelos crimes que cometeu, inclusive a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. A Casa Branca, sob Trump, impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e ainda sancionou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, sob alegações absurdas de “violações de direitos humanos”. Tudo isso porque o Supremo, ao contrário do que acontece nos EUA de Trump, não se curva ao presidente e cumpre seu papel constitucional.
Trump, que jamais foi responsabilizado pelo ataque ao Capitólio, tenta agora reescrever a história ao chamar o 6 de janeiro de “Dia do Amor”, enquanto seu aliado Bolsonaro corre risco real de prisão. As semelhanças entre os dois casos são gritantes, mas no Brasil, graças à firmeza das instituições e à postura de Lula, o crime não será ignorado. O próprio presidente brasileiro ironizou: “Talvez Trump não saiba que aqui o Judiciário é independente”.
Nos bastidores, Trump tenta pressionar Lula a interferir no processo contra Bolsonaro — um pedido tão absurdo quanto perigoso. O ex-presidente brasileiro chegou a convocar publicamente o norte-americano a agir, e Trump atendeu. O que era delírio virou realidade: o presidente dos EUA passou a acusar o Brasil de “perseguição política”, tentando criar constrangimento internacional. Mas Lula não cedeu. Ao contrário, reforçou que, se o Capitólio tivesse sido invadido no Brasil, Trump também estaria respondendo judicialmente — como está Bolsonaro.
O confronto entre os dois líderes revela mais do que um embate político: é um duelo entre soberania e subserviência, entre democracia e autoritarismo. Enquanto Trump insiste em proteger um aliado envolvido em tramas golpistas, Lula se mantém firme na defesa do Estado de Direito, o que tem sido reconhecido pela população brasileira. A aprovação ao presidente cresceu, e Bolsonaro começa a ser visto como um fantoche submisso aos interesses estrangeiros.
Mesmo diante da escalada de ameaças, Lula tem mantido os canais abertos para o diálogo. Tentou contato com Trump, que se recusou a atender. Mas a disposição do Brasil em negociar com respeito não será confundida com fraqueza. Lula sabe que recuar agora seria comprometer sua autoridade e a soberania nacional. E se depender do presidente, o Brasil não vai se ajoelhar. Nem para Trump, nem para seus cúmplices.
Com informações de Süddeutsche Zeitung
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