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A extrema direita sofreu mais uma derrota nesta terça-feira (5), com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), rejeitando a tentativa golpista de pautar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A ofensiva bolsonarista havia sido articulada após a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, determinada por Moraes devido ao descumprimento de medidas cautelares.
Embora os parlamentares da tropa de choque bolsonarista tenham tentado transformar a abertura dos trabalhos do Congresso em palco para confrontar o Supremo, Alcolumbre já havia deixado claro que não considera viável dar andamento a esse tipo de pauta. Cabe exclusivamente ao presidente do Senado arquivar ou aceitar pedidos de impeachment contra ministros do STF.
Senadores como Carlos Portinho (PL-RJ) e Rogério Marinho (PL-RN), ambos fiéis seguidores do ex-presidente, prometeram continuar pressionando. Portinho chegou a dizer que faltam apenas cinco assinaturas para protocolar um pedido antigo, enquanto Marinho voltou a repetir bordões de “estado de exceção” e “Fora Alexandre de Moraes”, reforçando o tom golpista.
Na Câmara, deputados bolsonaristas também fizeram coro contra Moraes. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) publicou ataques à Justiça e afirmou que “acabou a democracia”, numa narrativa que tenta vitimizar Bolsonaro mesmo após tantas provas de sua atuação criminosa. Tenente Zucco (PL-RS) repetiu a ladainha, alegando que a prisão domiciliar seria “ato político”.
Outro plano da extrema direita, o projeto de “anistia ampla, geral e irrestrita” para golpistas do 8 de janeiro — incluindo o próprio Bolsonaro — também naufragou. A proposta perdeu força até entre aliados do Centrão e está fora da pauta da Câmara.
Com o Congresso retomando seus trabalhos, a realidade que se impõe é clara: a maioria dos parlamentares não quer mais se comprometer com as aventuras autoritárias da família Bolsonaro e seus aliados. A democracia segue firme, apesar das ameaças.
Com informações do DCM
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