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Fugitivo da Justiça brasileira e articulador de sanções contra o próprio país, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) revelou nesta semana que teme ser preso pela Interpol se sair dos Estados Unidos com destino à Europa. O deputado licenciado está na mira do Supremo Tribunal Federal (STF) por seu envolvimento em tentativas de golpe e ataques institucionais, e teme que o ministro Alexandre de Moraes tenha solicitado um mandado internacional de prisão.
Em entrevista ao portal Metrópoles, Eduardo admitiu que só aceitará o convite para discursar no Parlamento Europeu se tiver garantias jurídicas. O convite partiu de Dominik Tarczynski, eurodeputado ultraconservador da Polônia, alinhado à extrema direita global. O filho de Jair Bolsonaro disse que, antes de decidir, vai consultar a lista de difusão vermelha da Interpol — mecanismo usado para localizar e deter fugitivos da Justiça.
“Tenho que me assegurar de que não serei mais uma vítima do Moraes e verificar se a Interpol está ou não pedindo minha prisão”, declarou, demonstrando o receio de seguir o mesmo destino da bolsonarista Carla Zambelli, atualmente presa na Itália por descumprimento de decisões do STF.
A fala expõe o pânico da família Bolsonaro diante do cerco jurídico que avança no Brasil. Com sua situação cada vez mais delicada, Eduardo segue nos Estados Unidos tentando costurar apoio entre aliados de Donald Trump e buscando proteção internacional. Ele não tem previsão de retorno ao país e já admitiu que poderá passar “décadas em exílio”.
Como justificativa, insiste na tese delirante de perseguição política: “Não vivemos mais um período de normalidade. Os tiranos brasileiros querem colocar na cadeia quem denuncia suas atrocidades”. A retórica, no entanto, não convence nem mesmo setores mais moderados da direita europeia, que temem manchar sua reputação ao se associar a golpistas foragidos.
A viagem ao Parlamento Europeu ainda não tem data marcada, e as chances de Eduardo pisar fora dos EUA sem algemas parecem cada vez menores. A extrema direita internacional poderá até dar palco, mas nem sempre dará refúgio.
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