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Entrou em vigor nesta quarta-feira (6) o tarifaço de 50% imposto pelo governo dos Estados Unidos contra centenas de produtos brasileiros. A medida foi assinada pelo presidente Donald Trump e representa um ataque direto à soberania nacional, com justificativas que beiram o delírio conspiratório. Trump alega que o Brasil representa uma "ameaça incomum e extraordinária" à segurança e aos interesses americanos, mirando especialmente o Supremo Tribunal Federal.
A retaliação, claramente estimulada por aliados de Jair Bolsonaro, como Eduardo Bolsonaro, inclui sanções políticas e comerciais, e exclui da tarifa apenas alguns produtos, como suco de laranja, combustíveis, aeronaves civis e veículos. Ao mesmo tempo, o governo americano revogou vistos de ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes e outros. A perseguição institucional segue o roteiro bolsonarista de transformar criminosos em “perseguidos políticos”.
O comunicado oficial da Casa Branca chega a acusar Moraes de “perseguir milhares de opositores políticos” e censurar empresas americanas — uma narrativa construída com base na retórica da extrema direita brasileira, amplificada por Eduardo Bolsonaro em solo americano. Enquanto isso, os ministros do STF Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux — mais alinhados ao bolsonarismo — foram convenientemente poupados das sanções.
O presidente Lula evitou responder à provocação diretamente, mas deixou claro que só pretende conversar com Trump quando houver sinal de seriedade por parte da Casa Branca. O Palácio do Planalto trabalha agora na construção de um plano emergencial para minimizar os impactos do tarifaço sobre empresas brasileiras e buscar soluções diplomáticas.
O ministro Fernando Haddad já articula uma reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na tentativa de reabrir o diálogo econômico com os americanos, enquanto auxiliares de Lula avaliam que um contato direto com Trump, neste momento, poderia ser interpretado como sinal de fraqueza diante de uma chantagem internacional.
A ofensiva de Trump contra o Brasil escancara o alcance da sabotagem bolsonarista no exterior. Transformaram um conflito jurídico legítimo em pretexto para atacar a economia do país. E tudo isso para proteger um ex-presidente que responde por crimes gravíssimos contra a democracia.
Com informações do DCM
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