Nova era: Exército brasileiro estreia representação militar de alto nível em Pequim

Portal Plantão Brasil
6/8/2025 13:00

Nova era: Exército brasileiro estreia representação militar de alto nível em Pequim

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Pela primeira vez na história, o Brasil designou um oficial general do Exército como adido militar na China. A decisão foi oficializada por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinado em 2 de junho, e representa um avanço inédito nas relações estratégicas entre os dois países. Até então, apenas os Estados Unidos contavam com representação militar brasileira de alta patente. Agora, a China recebe não apenas um general do Exército, mas também um contra-almirante da Marinha e três oficiais superiores como adjuntos e adido aeronáutico.

O general escolhido é Rovian Alexandre Janjar, especialista em relações sino-brasileiras e formado em diversas instituições militares de prestígio. Janjar já havia realizado curso de Alto Comando na China, além de ter passagens por centros estratégicos como a Escola Superior de Guerra e a Escola de Inteligência Militar do Exército. Sua nomeação reforça o interesse do governo Lula em diversificar os parceiros estratégicos do Brasil e reduzir a dependência histórica de Washington.

Segundo o cientista político Francisco Carlos Teixeira da Silva, essa movimentação tem relação direta com planos brasileiros de adquirir mais armamentos chineses e menos equipamentos israelenses. A performance de tecnologias militares chinesas em conflitos recentes impressionou setores das Forças Armadas, enquanto armamentos franceses como os caças Rafale vêm perdendo prestígio. Lula, com respaldo de assessores como Celso Amorim e Mauro Vieira, tem barrado novas compras do exército israelense, especialmente após a intensificação do massacre em Gaza.

Além de motivos estratégicos, há fatores comerciais envolvidos: a China estaria oferecendo armamentos em troca de produtos agrícolas brasileiros, numa troca vantajosa que alia segurança e economia. A decisão também surge num momento de tensão com os Estados Unidos, após o presidente Donald Trump anunciar sanções contra o Brasil e atacar instituições como o Supremo Tribunal Federal. Há receio dentro das Forças Armadas de que esse afastamento chegue também às relações militares com os EUA.

Mesmo com manobras conjuntas em curso no sertão de Pernambuco entre tropas americanas e brasileiras, o cenário aponta para uma guinada geopolítica importante. O Brasil de Lula envia uma sinalização clara de que está disposto a atuar com independência, fortalecer a multipolaridade e deixar para trás alianças que já não atendem aos interesses nacionais. A presença de generais brasileiros em Pequim pode ser apenas o início de uma nova ordem militar e diplomática sul-americana.

Com informações do DCM

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