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O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, reconheceu que não há votos suficientes no Senado para aprovar um eventual impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Em entrevista ao portal Metrópoles, o presidente do Progressistas descartou apoiar a iniciativa e afirmou que não perderá tempo com pautas fadadas ao fracasso.
“Não assinei e não vou assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre. Porque é uma pauta impossível”, disse Ciro, ressaltando que são necessários 54 votos no Senado para levar o processo adiante, número que, segundo ele, está longe de ser atingido. A declaração desarma mais uma tentativa da base bolsonarista de pressionar o Congresso contra Moraes.
Ciro também criticou a ideia de que a oposição já teria conseguido mais de 40 assinaturas para o pedido. Ele lembrou que, mesmo com todas as assinaturas, a decisão de pautar ou não cabe exclusivamente ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP): “Você pode chegar com 80 assinaturas, que não abre. É um poder do presidente do Senado.”
A declaração vem em meio ao esforço da extrema-direita para ocupar cargos nas mesas diretoras do Congresso e forçar a tramitação de pedidos de impeachment contra ministros do STF, especialmente Alexandre de Moraes. Porém, segundo Ciro, o cenário político atual é completamente desfavorável à articulação bolsonarista.
O senador também relembrou seu protagonismo no golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff em 2016 para justificar sua avaliação pragmática. “Eu fui uma das pessoas responsáveis no impeachment da presidente Dilma, quando levei o Progressistas e os partidos de centro para vencer, quando nós tínhamos condição de vencer”, afirmou. Ele foi o primeiro parlamentar a visitar Jair Bolsonaro desde que o ex-presidente passou a cumprir prisão domiciliar em Brasília.
Com informações do DCM
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