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O presidente Lula afirmou que irá buscar apoio dos líderes do BRICS para uma resposta coordenada ao tarifaço imposto por Donald Trump contra o Brasil. Em entrevista à agência Reuters, Lula revelou que pretende conversar diretamente com Xi Jinping, da China, e Narendra Modi, da Índia, para construir uma reação conjunta à ofensiva protecionista do governo dos Estados Unidos, que atingiu duramente as exportações brasileiras.
Na mesma linha de atuação firme e diplomática, Lula explicou que o objetivo é defender empregos, apoiar os pequenos empresários e preservar a soberania brasileira. Ele afirmou que a medida provisória com as ações emergenciais será enviada ao Palácio do Planalto ainda hoje, e garantiu que o Brasil fará de tudo para proteger os trabalhadores: “Temos obrigação de cuidar da manutenção dos empregos das pessoas que trabalham nessas empresas e ajudar essas empresas a encontrar novos mercados”, disse o presidente.
Mesmo diante da agressividade do governo Trump, Lula mostrou maturidade e responsabilidade ao recusar retaliações precipitadas, deixando claro que não deseja entrar em confronto. “Quero mostrar que quando um não quer, dois não brigam — e eu não quero brigar com os Estados Unidos”, disse. Ele também ressaltou que o governo brasileiro já realizou dez reuniões com representantes oficiais americanos desde maio, enquanto Trump se recusa até mesmo a receber um telefonema.
Lula reagiu com veemência à tentativa de ingerência dos EUA nos assuntos internos do Brasil e afirmou que não aceitará pressões de nenhum país. “Só tem um dono esse país, e só um dono que manda no presidente da República: é o povo”, afirmou. Ele ainda fez questão de lembrar a participação dos EUA no golpe de 1964 como exemplo histórico de interferência estrangeira.
Questionado sobre o papel de Jair Bolsonaro e de seu filho Eduardo nessa crise, Lula foi direto ao ponto: “Eles são traidores da Pátria”. Para o presidente, não há precedentes de tamanha submissão e traição como a ida dos dois aos EUA para insuflar um país estrangeiro contra o próprio Brasil. Lula defendeu que ambos sejam responsabilizados por essa conduta criminosa e antinacional.
Por fim, o presidente também rebateu as críticas de Trump à regulação brasileira das big techs. Segundo ele, o Brasil é soberano e tem todo o direito de criar suas próprias regras. Lula denunciou que a postura do governo norte-americano é de destruição do multilateralismo e lembrou que taxações abusivas prejudicam tanto os trabalhadores brasileiros quanto os norte-americanos. “As coisas vão ficar mais caras para todo mundo. Isso não resolve nada”, concluiu.
Com informações do Brasil 247
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