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Em meio ao caos protagonizado por deputados bolsonaristas na Câmara, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou nesta quinta-feira (7) ter feito qualquer acordo com a oposição para encerrar a ocupação golpista do plenário. Motta afirmou que sua postura não está atrelada a negociações com aliados de Jair Bolsonaro, que travaram os trabalhos legislativos por dois dias em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente.
A paralisação das atividades foi conduzida por parlamentares que exigem a anistia dos criminosos do 8 de Janeiro e o fim do foro privilegiado, numa tentativa de usar o caos institucional em favor dos interesses bolsonaristas. A estratégia incluiu a invasão do plenário e o bloqueio da mesa diretora, até que Motta conseguiu reassumir sua cadeira após momentos de tensão e resistência física.
Apesar da desmobilização na noite de quarta-feira (6), deputados de extrema-direita saíram do plenário alegando que Motta teria aceitado pautar seus projetos. Nesta quinta, ele desmentiu os boatos e afirmou que "a presidência da Câmara é inegociável", reforçando que não fará concessões nem ao governo, nem à oposição, e que decisões serão pautadas exclusivamente pelo regimento e pela Constituição.
Durante o motim, o presidente da Câmara foi impedido de se sentar na cadeira da presidência por Marcel van Hattem (Novo-RS) e só conseguiu reassumir a posição após intervenção de aliados. Em seu discurso, Motta criticou o uso da Casa para projetos pessoais e eleitorais, numa clara crítica à instrumentalização bolsonarista do Congresso em benefício próprio.
Segundo Motta, a retomada dos trabalhos foi a “solução menos traumática”, conquistada com diálogo e articulação, inclusive com lideranças do governo. Questionado sobre a participação de Arthur Lira (PP-AL) nas negociações, o atual presidente evitou polêmicas, limitando-se a chamá-lo de “amigo” e afirmar que sua atuação era “natural”.
O presidente da Câmara também adiantou que analisa punições para os deputados que participaram do bloqueio ilegal das atividades parlamentares. A Secretaria-Geral da Mesa alertou que atos de obstrução institucional podem levar à suspensão imediata do mandato. Motta prometeu providências ainda nesta quinta.
Com informações do G1
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