941 visitas - Fonte: Plantão Brasil
O samba brasileiro perdeu nesta sexta-feira (8) um de seus maiores ícones. Arlindo Cruz, cantor e compositor que marcou gerações, morreu no Rio de Janeiro aos 66 anos, conforme confirmou sua esposa, Babi Cruz, ao g1. Desde 2017, o artista enfrentava complicações de saúde após sofrer um AVC hemorrágico, que o afastou dos palcos e o levou a longas internações.
Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio, Arlindo Domingos da Cruz Filho iniciou sua história na música ainda criança. Aos 7 anos, ganhou seu primeiro cavaquinho e, aos 12, já tocava violão de ouvido. Estudou teoria e violão clássico na escola Flor do Méier, mas foi nas rodas de samba que encontrou sua verdadeira vocação, apadrinhado pelo mestre Candeia, que o ajudou a gravar seu primeiro LP, “Roda de Samba”.
O grande salto veio em 1981, quando Arlindo entrou para o Fundo de Quintal, substituindo Jorge Aragão. Em 12 anos no grupo, ajudou a eternizar sucessos como “Seja Sambista Também”, “Só Pra Contrariar” e “O Mapa da Mina”. A partir de 1993, seguiu carreira solo, consolidando-se como um dos maiores compositores e intérpretes do gênero.
Com mais de 550 músicas registradas, Arlindo teve suas obras gravadas por gigantes do samba como Zeca Pagodinho — com o clássico “Bagaço de Laranja” — e Beth Carvalho, com “Jiló com Pimenta”. Sua obra mistura lirismo, malandragem e poesia popular, tornando-o referência obrigatória na música brasileira.
Arlindo Cruz deixa um legado que transcende gerações e reafirma o samba como expressão cultural viva e pulsante do Brasil. Seu nome segue imortalizado nas rodas, nos palcos e no coração de quem carrega o ritmo como parte da própria identidade.
Assista:
Com informações do Brasil 247
Plantão Brasil foi criado e idealizado por THIAGO DOS REIS. Apoie-nos (e contacte-nos) via PIX: apoie@plantaobrasil.net
Follow @ThiagoResiste
APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!
Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.