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O Palácio do Planalto transforma agosto em um mês de redefinição geopolítica. Lula receberá consecutivamente o presidente do Equador, Daniel Noboa; o líder nigeriano, Bola Tinubu; e o mandatário panamenho, José Raúl Mulino, em encontros que selarão alianças para desafiar a hegemonia ocidental. A agenda explosiva – coordenada pelo chanceler Mauro Vieira – mira três frentes: garantir soberania energética com a Nigéria (maior produtor de petróleo da África), estabelecer rotas comerciais alternativas pelo Canal do Panamá e criar um eixo de defesa amazônico com o Equador contra garimpo e narcotráfico.
Os acordos em negociação revelam a audácia do projeto:
•Nigéria: Parceria em biocombustíveis e gás natural para reduzir dependência do pré-sal brasileiro
•Panamá: Uso privilegiado do canal para exportações ao Sudeste Asiático, driblando bloqueios no Atlântico
•Equador: Operações conjuntas de combate a crimes transnacionais na fronteira Peru-Colômbia
A estratégia é resposta direta ao "tarifaço" de Trump e às sanções europeias por políticas ambientais. "Enquanto o Norte impõe barreiras, o Sul constrói pontes", declarou Lula ao fechar a vinda de Noboa, que inclui um tratado de cooperação tecnológica com a Petrobras para exploração sustentável na Amazônia equatoriana.
O eixo geopoltico preocupa Washington. Fontes do Departamento de Estado admitem "desconforto" com a articulação Brasil-África, que ameaça substituir dólares por moedas locais no comércio bilateral. Já a UE teme o impacto do acordo com o Panamá, que pode desviar 40% das exportações agrícolas brasileiras de portos europeus.
Para Celso Amorim, conselheiro de Lula, a agenda simboliza a ressurreição dos BRICS+: "Estamos reescrevendo as regras do jogo. O multilateralismo que defendemos nasce desta teia Sul-Sul". O movimento ganha corpo enquanto o governo anuncia a abertura de 17 novas embaixadas na África e Caribe – contraponto ao isolamento bolsonarista, que fechou 30 representações em 4 anos.
A última semana de agosto trará o ato simbólico: Lula, Tinubu e Mulino assinarão em Brasília a "Carta do Atlântico Sul", criando um bloco de cooperação que exclui EUA e União Europeia. O documento, segundo rascunho obtido pelo 247, prevê:
•Banco de Desenvolvimento para financiar infraestrutura crítica
•Força-tarefa contra interferências estrangeiras na Amazônia e África Ocidental
•Cláusula de defesa mútua contra "medidas coercitivas unilaterais"
Enquanto diplomatas ocidentais protestam, o Itamaraty comemora: "Pela primeira vez desde Vargas, o Brasil dita as regras de seu destino global".
Com informações do g1
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