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O economista Samuel Pessôa, do BTG Pactual e FGV Ibre, afirmou que o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump a produtos brasileiros pode, paradoxalmente, beneficiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026 — desde que o governo opte por não retaliar de imediato.
Segundo Pessôa, a lógica é simples: com a redução das exportações para os EUA, parte da produção ficaria no mercado interno, ajudando a conter a inflação. “Do ponto de vista do cálculo eleitoral, Lula tem um incentivo a não retaliar, porque isso pode gerar uma pequena desinflação no médio prazo”, avaliou.
O impacto, segundo ele, seria mais perceptível no suco de laranja, já que os EUA importam 90% do que consomem e o Brasil fornece 80% desse volume. Café e carne também sentiriam o efeito, embora de forma menor, por serem commodities com preços definidos no mercado global.
Mantendo projeções otimistas, o economista prevê crescimento de 2% para o Brasil em 2025 e 1,5% em 2026, sem grandes efeitos no mercado de trabalho. Ele defende que setores mais afetados — como o de laranja — recebam crédito extraordinário fora do teto de gastos, mas com prazo definido para evitar que o auxílio se torne permanente.
Pessôa também aconselha que o Brasil evite uma retaliação ampla contra os EUA, apostando em negociações pontuais para setores estratégicos, como o de aviação, e mantendo a postura de barganha apenas onde houver chance real de ganhos.
Apesar de enxergar cenário econômico favorável a Lula, o economista sugeriu que o presidente modere o tom das declarações públicas. Para ele, falar exclusivamente para a militância pode ter custos políticos no longo prazo.
Com informações do DCM
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