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Em discurso que ecoou como um terremoto no Congresso, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), o Motta, cravaram que as ações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos configuram "traição à pátria". Durante sessão tensa nesta quarta (7), Motta reagiu às gravações em que o deputado bolsonarista pede sanções contra o Brasil: "Nenhum brasileiro decente compactua com estrangeiros para estrangular seu próprio povo. Isso é crime de lesa-pátria, e o STF agirá".
As declarações referem-se a vídeos vazados onde Eduardo, em reunião com lobistas em Miami, promete "sufocar economicamente o governo Lula" via tarifas de até 25% sobre commodities. Documentos anexados pela PGR ao inquérito do STF comprovam: o parlamentar recebeu US$ 280 mil de grupos conservadores americanos para bancar viagens e pressionar o Congresso dos EUA. "Ele não é oposição, é agente pago para sabotar 215 milhões de brasileiros", disparou Motta, anunciando que protocolará pedido de cassação imediata do mandato.
A ofensiva tem base legal sólida. O artigo 55 da Constituição prevê perda de mandato por "conduta incompatível com o decoro parlamentar". Já o Código Penal tipifica como crime contra a soberania nacional "advogar interesse estrangeiro para causar dano ao Brasil" (art. 337). Procuradores destacam que Eduardo ultrapassou 180 dias fora do Brasil sem autorização – violação flagrante às regras da Câmara.
O caso ganha contornos de crise institucional. Enquanto o chanceler Mauro Vieira convocou o embaixador americano para explicações, o STF analisa:
•Extensão das provas para incluir Jair Bolsonaro como mandante
•Bloqueio de bens da família nos EUA
•Suspensão dos direitos políticos de Eduardo
A reação bolsonarista foi previsível: Carlos Jordy (PL-RJ) chamou Motta de "fantoche de Pequim". A ironia? Jordy é investigado por receber R$ 1,2 milhão de empresas que burlaram sanções à Rússia. "Quem ataca a soberania brasileira não tem moral para falar de China", rebateu o líder petista, lembrando que o acordo com os chineses gerou 200 mil empregos – enquanto o lobby de Eduardo ameaça 500 mil postos no agronegócio.
O recado final veio do Planalto: "Não há imunidade parlamentar para traidores", advertiu o ministro Flávio Dino. Com a prisão de Zambelli na Itália e a condenação de Jair Bolsonaro iminente, o clã bolsonarista encara seu momento mais frágil. Nas redes, a campanha #CassaEduardo ultrapassa 500 mil menções. A história registrará: enquanto Lula reconstrói pontes, os Bolsonaro vendem o país.
Com informações da Veja
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