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A deputada Maria do Rosário (PT-RS) rasgou o véu da hipocrisia digital em discurso inflamado na Comissão de Direitos Humanos. Com dados brutais nas mãos, a petista escancarou como redes sociais como TikTok, Kwai e Instagram operam máquinas de exploração infantil que transformam corpos de crianças em mercadoria. "Algoritmos financiados por anunciantes empurram meninas de 8 anos para coreografias sensuais, enquanto predadores pagam por ’conteúdo exclusivo’. Isso não é falha do sistema – é o sistema funcionando", denunciou, ao apresentar relatórios que apontam 300 casos registrados apenas em 2024, sendo 70% meninas negras de periferia.
Seu projeto de lei (PL 2.183/2024) é uma declaração de guerra à omissão deliberada das big techs. A proposta exige que plataformas:
•Removam conteúdos de adultização em até 24 horas sob pena de multa de R$ 50 milhões por falha
•Rastreiem e baniem financiadores de desafios erotizados
•Criem barreiras tecnológicas que impeçam adultos de interagir com perfis infantis
•Repassem 5% dos lucros com anúncios infantis para fundo de proteção de vítimas
"Enquanto o Kwai lucra R$ 28 bilhões/ano com publicidade direcionada a crianças, meninas de 12 anos recebem propostas como ’R$ 500 por vídeo sem roupa’", revelou Rosário, exibindo prints de comunidades secretas no Telegram. A conexão com o desmonte bolsonarista é direta: em 2021, o governo cortou 90% dos recursos para enfrentamento à violência sexual, enquanto deputados da base de Bolsonaro travavam a Lei Brasileira de Proteção de Dados (LGPD) infantil.
O grito de alerta já ecoou no Planalto. A ministra Silvia Almeida (Direitos Humanos) anunciou operação com a PF para derrubar 800 perfis de exploradores identificados pela SaferNet. "Faremos das plataformas cúmplices réus", prometeu, enquanto o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) estuda incluir CEOs de redes no radar da Lava Jato Digital.
Para Rosário, a luta transcende a tecnologia: "Isso é o capitalismo predatório escancarado – que vê nossas crianças como commodities. Ou regulamos, ou seremos cúmplices da maior máquina de abuso da história". Nas ruas, o recado virou ação: coletivos feministas preparam protestos em frente ao escritório do Meta em SP nesta sexta, com uma faixa que sintetiza o clamor: "Parem de monetizar nossa infância!".
Com informações do Brasil247
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