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O coronel Antônio Aginaldo de Oliveira, ex-comandante da Força Nacional e marido da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), está em Israel sem previsão de retorno ao Brasil. Assim que chegou ao país, teve todas as contas bancárias e a aposentadoria bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A medida, confirmada pelo advogado do casal, Fábio Pagnozzi, é parte das ações judiciais que atingem aliados próximos de Zambelli, atualmente presa na Itália por determinação da Justiça daquele país. O bloqueio atinge 100% da aposentadoria de Aginaldo, medida que, segundo Moraes, visa impedir movimentações financeiras suspeitas enquanto as investigações contra o núcleo bolsonarista avançam.
Carla Zambelli foi capturada em Roma em 29 de julho e está detida no presídio feminino Rebibbia, superlotado e de segurança máxima, enquanto enfrenta processo de extradição para o Brasil. A Corte de Apelação de Roma decidiu que ela permanecerá presa durante o processo, que pode se estender por até dois anos.
Aginaldo deixou o Brasil para acompanhar a esposa no exterior, mas acabou se estabelecendo em Israel após a prisão de Zambelli. Sua defesa acusa o STF de “asfixiar” familiares e aliados de investigados como estratégia para pressionar o círculo mais próximo da parlamentar.
Na próxima quarta-feira (13), a Justiça italiana fará nova audiência sobre o caso de Zambelli. A defesa tentará converter a prisão preventiva em regime domiciliar, usando um relatório médico de 80 páginas para alegar que o estado de saúde da deputada exige condições menos severas.
Enquanto isso, o processo contra Aginaldo corre em sigilo no STF, e o ex-policial militar permanece em Israel, sem recursos liberados e sem perspectiva de retorno ao Brasil.
Com informações do DCM
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