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O processo que apura a tentativa de golpe bolsonarista em 2022 entrou na reta final. Até esta quarta-feira (13), as defesas de Jair Bolsonaro e de outros seis réus precisam entregar as alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF). É a última etapa antes do julgamento pela Primeira Turma, que decidirá o destino do ex-capitão e seus cúmplices na trama contra a democracia.
A Procuradoria-Geral da República já deixou claro que quer a condenação de todos. No parecer, o procurador-geral Paulo Gonet não economizou palavras: apontou Bolsonaro como líder da organização criminosa, articulador central e maior beneficiário do plano golpista. Segundo Gonet, o ex-presidente usou a máquina pública para atacar instituições, contou com apoio de setores estratégicos das Forças Armadas e agiu para permanecer ilegalmente no poder.
O documento ressalta que a conduta de Bolsonaro afrontou diretamente a Constituição e corroeu os pilares republicanos, numa tentativa desesperada de manter seu controle sobre o país. Gonet classificou as ações como uma afronta grave à legalidade e um risco direto ao Estado democrático de direito.
Enquanto isso, a defesa do ex-ajudante de ordens Mauro Cid tenta se afastar da acusação, alegando que ele apenas cumpria ordens superiores e não tinha intenção de romper com a ordem constitucional. Os advogados pedem absolvição ou perdão judicial, citando ainda a colaboração do militar com as investigações e seu isolamento político após romper com Bolsonaro.
As alegações finais funcionam como um resumo de todo o processo, reunindo provas e argumentos para reforçar pedidos de condenação ou absolvição. Com o fim dessa etapa, o julgamento poderá ser marcado ainda para o segundo semestre. A Primeira Turma do STF poderá inocentar os réus — se entender que não houve crime — ou condená-los, impondo penas conforme o grau de participação.
O clima é de expectativa: independentemente do resultado, qualquer decisão poderá ser contestada dentro do próprio Supremo. Mas o fato é que o cerco se fecha contra Bolsonaro, e cada movimento do golpismo é agora vigiado de perto pela Justiça.
Com informações do DCM
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