O Brasil registrou um aumento alarmante nas denúncias de exploração sexual infantil nos últimos dias, após a repercussão de um vídeo do influenciador Felca que expôs a presença de crianças em conteúdos perigosos nas redes sociais. Desde 6 de agosto, o Disque 100 recebeu mais de mil notificações, enquanto a ONG SaferNet identificou um crescimento de 114% nos casos de pornografia infantil denunciados na internet.
A Polícia Federal já prendeu quase 200 pessoas em flagrante este ano por armazenar, compartilhar ou vender material de abuso sexual de menores. A juíza Vanessa Cavalieri, da Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, fez um alerta duro: fotos “inocentes” publicadas por pais nas redes sociais podem ser exploradas por pedófilos, que usam imagens do dia a dia das crianças para alimentar redes criminosas.
Veja:
Após vídeo de Felca, denúncias de exploração sexual na internet mais do que dobram em seis dias.
A ONG SaferNet, por exemplo, registrou um aumento de 114% nas denúncias recebidas sobre pornografia infantil em redes sociais.
A SaferNet aponta que o problema é sistêmico. Em fevereiro, a entidade identificou aumento de 80% no número de grupos no Telegram com imagens de exploração infantil, somando 1,4 milhão de usuários sem qualquer moderação da plataforma. O presidente da ONG, Thiago Tavares, defende que reguladores e empresas ajam com urgência.
Diante da gravidade, o governo federal vai enviar ao Congresso um projeto para regular big techs e responsabilizar empresas pela circulação de conteúdo criminoso. No Senado, 70 parlamentares já assinaram um pedido de CPI para investigar redes sociais e influenciadores que expõem menores.
Na Câmara, 35 projetos sobre o tema tramitam. O presidente da Casa, Hugo Motta, anunciou a criação de um grupo de trabalho e afirmou que proteger a infância é “mais do que urgente, é inadiável”, defendendo medidas firmes para evitar que crimes contra crianças e adolescentes continuem impunes.
Uma das propostas prontas para votação, de autoria do senador Alessandro Vieira, prevê multas, suspensão de atividades e responsabilização civil e criminal de plataformas que descumprirem a lei. A Sociedade Brasileira de Pediatria apoia a medida e reforça que cada dia sem essa proteção é mais um dia de risco para milhões de crianças.
Com informações do DCM
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