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Lula reagiu duramente, nesta quarta-feira (13), ao relatório do Departamento de Estado dos EUA que acusou o Brasil de retrocessos em direitos humanos. Durante cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que “ninguém está desrespeitando direitos humanos” no país e acusou Washington de criar uma “imagem de demônio” contra nações que quer confrontar. Lula lembrou que o Brasil tem um Judiciário autônomo e que o Executivo e o Congresso não interferem nos julgamentos, inclusive nos processos contra Jair Bolsonaro no STF.
O documento americano critica a atuação do ministro Alexandre de Moraes e a prisão de golpistas do 8 de janeiro. Para Lula, antes de apontar o dedo, os EUA deveriam olhar para os próprios problemas internos. Ele também repudiou qualquer tentativa de vincular as sanções comerciais ao julgamento de Bolsonaro, chamando isso de ingerência inaceitável.
O presidente aproveitou para comentar o “tarifaço” de 50% imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros. O governo lançou um pacote emergencial de R$ 30 bilhões em crédito para empresas afetadas, adiamento de impostos, compras governamentais de produtos sobretaxados e crédito tributário para exportadores, especialmente pequenas e médias empresas.
Lula reforçou que o Brasil não reagirá com reciprocidade imediata, mas seguirá negociando. “Não queremos conflito, mas nossa soberania é intocável”, disse, acrescentando que buscará novos mercados, como Índia, Rússia e China, para reduzir a dependência dos EUA. Ele acusou Trump de fazer “bravata” e de não ter interesse real em negociar.
O pacote “Brasil Soberano” tem validade imediata e prevê também um acompanhamento rigoroso da manutenção de empregos pelas empresas beneficiadas. Para Lula, a crise provocada pelo tarifaço é uma oportunidade de fortalecer a produção nacional e reafirmar que o país não se curvará a pressões políticas externas.
A sobretaxa, em vigor desde 6 de agosto, atinge produtos estratégicos como carnes, café, frutas e pescados, com impacto direto sobre a balança comercial. O governo aposta na diplomacia e em alianças econômicas para contornar o bloqueio e manter a economia estável.
Com informações do G1
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