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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tentou conter a pressão pela punição imediata dos parlamentares bolsonaristas que participaram do motim que paralisou os trabalhos da Casa. Em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (14), ele afirmou que não considera adequado adotar um rito sumário e defendeu que a apuração siga o procedimento regimental, passando pela Corregedoria.
Motta garantiu que o caso não ficará sem análise e disse já ter encaminhado as denúncias para investigação interna. “Como se trata de um momento em que a Casa teve a participação de vários parlamentares, fazer isso por rito sumário seria, na minha avaliação, a medida não correta para o momento”, declarou, sugerindo que o processo siga os trâmites formais.
Segundo ele, a Corregedoria já foi acionada e começou a agir. “Usamos o ato regimental, o Corregedor já está cumprindo o prazo. Mandamos todas as denúncias para a Corregedoria, que já está notificando os parlamentares. Penso que, no prazo de 45 dias, sem prejuízo da responsabilização, a Corregedoria vai se manifestar e a mesa tomará as providências cabíveis”, disse.
O presidente da Câmara reforçou que não pretende permitir que episódios como o motim se repitam. “A gente não pode permitir que o que aconteceu volte a ocorrer”, afirmou, sem entrar em detalhes sobre as possíveis punições.
O motim, organizado por deputados alinhados ao bolsonarismo, buscou pressionar a Casa a pautar medidas como anistia a Jair Bolsonaro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. A ação gerou críticas por atrapalhar o funcionamento do Legislativo e reforçou a pauta golpista de setores radicais.
Enquanto aliados de Bolsonaro tentam transformar o episódio em ato político, a postura de Motta indica que o processo deverá ser conduzido de forma mais lenta, o que pode abrir espaço para articulações internas e negociações de bastidores antes de qualquer punição efetiva.
Com informações do Brasil 247
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