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A produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar o recorde histórico de 340,5 milhões de toneladas em 2025, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (14). O volume representa alta de 16,3% em relação a 2024, com 47,7 milhões de toneladas a mais. Na comparação com o mês anterior, a estimativa cresceu 2,1%, o equivalente a 7,1 milhões de toneladas adicionais.
A área colhida também terá expansão, somando 81,2 milhões de hectares — 2,7% a mais que em 2024. O gerente do LSPA, Carlos Barradas, explica que o resultado é fruto de mais investimentos em tecnologia, ampliação das áreas de plantio e preços favoráveis dos grãos, além de condições climáticas positivas na maior parte do país, com problemas significativos apenas no Rio Grande do Sul.
Os destaques de produção são soja (165,5 milhões de toneladas), milho (137,6 milhões), arroz (12,5 milhões) e algodão (9,5 milhões). Soja, milho e arroz respondem por 92,7% da produção estimada e 88% da área plantada. Em relação a 2024, os maiores crescimentos percentuais são do sorgo (+23,6%), milho (+19,9%), arroz (+17,7%) e soja (+14,2%).
Todas as regiões brasileiras registram crescimento na comparação anual: Centro-Oeste (+21,4%), Sudeste (+16,9%), Norte (+17,3%), Sul e Nordeste (+9%). Em relação a junho, apenas o Nordeste teve leve recuo (-0,1%), enquanto o Centro-Oeste subiu 3,3%, Norte e Sudeste 1,9% e Sul 0,7%. O Mato Grosso lidera a produção com 32,4% do total, seguido por Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Entre os produtos com maior avanço mensal destacam-se o milho 2ª safra (+5,7% ou 6 milhões de toneladas), sorgo (+13,5%), soja (+0,2%) e arroz (+1,5%). Na contramão, caíram as projeções para trigo (-3,4%), tomate (-6,7%) e feijão de 1ª e 3ª safras. O bom desempenho do milho e do sorgo é atribuído à ampliação de áreas e à demanda crescente para ração e produção de etanol, especialmente no Mato Grosso.
O Centro-Oeste se mantém como a região mais produtiva, com 51,5% da safra nacional, seguido pelo Sul (25,1%), Sudeste (8,9%), Nordeste (8,2%) e Norte (6,3%). Seis estados concentram quase 80% da produção do país, evidenciando a força do agronegócio em áreas estratégicas.
Com informações do Brasil 247
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