O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a agir como linha auxiliar dos interesses de Donald Trump contra o Brasil. Autodeclarado “conselheiro informal” do governo norte-americano, ele antecipou horas antes o anúncio oficial de sanções de Washington, revelando que haveria retirada de vistos de autoridades brasileiras. As medidas, anunciadas pelo secretário de Estado Marco Rubio, atingiram o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Sales, e Alberto Kleiman, diretor da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
Assista:
?????? EUA anunciam mais restrições e perda de vistos para autoridades brasileiras!
Em entrevista à BBC Brasil, Eduardo insinuou que novas sanções estavam a caminho e que levaria à Casa Branca um dossiê produzido ao lado de Paulo Figueiredo, com ataques e narrativas distorcidas sobre o ministro Alexandre de Moraes e o governo Lula. A iniciativa, que ele tenta apresentar como “denúncia de violações de direitos humanos”, é vista por analistas como mais um capítulo da conspiração bolsonarista para desestabilizar as instituições e livrar Jair Bolsonaro da prisão.
Após a confirmação das sanções, Eduardo comemorou publicamente, agradecendo ao governo Trump e a Marco Rubio. Ele insinuou que integrantes de alto escalão do governo Lula estariam na “lista” de futuros alvos e admitiu ter pedido a inclusão do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e da ex-presidenta Dilma Rousseff, hoje à frente do Banco dos Brics — instituição que promove a desdolarização no comércio internacional e é alvo da ira da ultradireita.
O filho de Bolsonaro ainda atacou o programa Mais Médicos, repetindo fake news antigas de seu pai sobre suposto financiamento à “ditadura cubana”. Chegou a atribuir decisões a Fidel Castro, morto em 2016, expondo contradições e delírios do discurso bolsonarista. Ele também ameaçou que “cedo ou tarde” todos os que considera parte de um “regime” cairão, reforçando a retórica golpista.
NOTA À IMPRENSA Sanções de Marco Rubio aos Financiadores das Missões Médicas Cubanas
O anúncio feito hoje pelo secretário de Estado Marco Rubio, de origem cubana, de sanções contra financiadores da ditadura comunista cubana travestidos de programas governamentais reforça o… https://t.co/DubG1f0jof
As declarações de Eduardo desmontam sua própria versão de que não estaria influenciando as medidas hostis de Trump contra o Brasil. Ele já havia negado envolvimento no tarifaço que atinge produtos brasileiros e ameaça cerca de 700 mil empregos, mas admitiu que sempre defendeu sanções individuais contra Moraes e outras autoridades. Ao mesmo tempo, tenta minimizar a sabotagem internacional que pratica, negando ter agido para cancelar reunião entre o ministro Fernando Haddad e o secretário do Tesouro dos EUA.
A postura de Eduardo Bolsonaro, que atua como porta-voz informal da extrema-direita norte-americana, reforça a submissão do bolsonarismo a interesses estrangeiros hostis ao Brasil. Ao apoiar sanções contra autoridades e programas estratégicos, ele se coloca contra a soberania nacional e a favor de um projeto de instabilidade que ameaça a democracia brasileira.
Com informações da Fórum
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