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Os Estados Unidos deslocaram tropas para o Sul do Caribe nesta quinta-feira (14), sob a justificativa de combater cartéis de drogas que atuariam na região. A medida, anunciada pela Agência Reuters, ocorre logo após o presidente Donald Trump elevar para US$ 50 milhões a recompensa pela captura de Nicolás Maduro, numa escalada de pressão contra o governo venezuelano.
A acusação de ligação entre Maduro e o narcotráfico, feita pelo Departamento de Justiça dos EUA, nunca foi acompanhada de provas concretas. Trata-se de mais um capítulo de uma campanha de desestabilização política que remonta a 2017, quando Trump inventou e apoiou internacionalmente a farsa de Juan Guaidó, o autoproclamado presidente que jamais assumiu o poder na Venezuela.
Durante aquele período, Bolsonaro atuou como aliado fiel de Trump contra Maduro, chegando a ordenar simulações militares na fronteira com a Venezuela e declarar publicamente que “trabalhava para restabelecer a democracia” no país vizinho — eufemismo para justificar interferência externa. Sob o manto de “sanções econômicas”, os EUA impuseram um verdadeiro bloqueio, agravando a crise e até impedindo Caracas de acessar US$ 1,95 bilhão em ouro depositado no Reino Unido.
Agora, Trump utiliza o grupo criminoso “Trem de Aragua” como pretexto para ensaiar uma nova intervenção militar. Curiosamente, essa mesma organização foi combatida duramente pelo governo chavista em 2023, quando a Força Armada Nacional Bolivariana desmontou seu centro de operações na prisão de Tocorón, desarticulando sua atuação. As autoridades venezuelanas garantem que o grupo não possui mais capacidade operativa significativa.
Segundo o Wall Street Journal, o Pentágono já estuda ações militares contra supostos cartéis de drogas na América Latina, com foco não só na Venezuela, mas também no México, El Salvador e Haiti. A movimentação reforça que o objetivo real não é o combate ao tráfico, mas a manutenção da influência dos EUA na região e, no caso venezuelano, a derrubada de Maduro e do chavismo.
Para o governo venezuelano, essa é mais uma tentativa de agressão à sua soberania. Analistas apontam que o aumento da recompensa por Maduro a valores exorbitantes e o deslocamento de tropas norte-americanas são manobras típicas de guerra híbrida, que combinam pressão militar, desinformação e cerco econômico. Apesar das investidas, Maduro segue no poder, sustentado por vitórias eleitorais e pelo apoio das Forças Armadas e de boa parte da população.
Com informações da Fórum
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