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O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para 2 de setembro o início do julgamento de Jair Bolsonaro e de seu núcleo mais próximo na trama golpista que tentou impedir a posse do presidente Lula. O presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, reservou as terças-feiras do mês para analisar o caso, após o relator Alexandre de Moraes liberar o processo para pauta.
Moraes informou que todas as diligências complementares foram cumpridas e que tanto a defesa quanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentaram suas alegações finais. No banco dos réus, ao lado de Bolsonaro, estão figuras centrais de seu governo e da cúpula militar e policial: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Mauro Cid.
A defesa do ex-presidente tenta sustentar que ele jamais buscou impedir a posse de Lula e que sempre teria defendido a democracia — tese já desmentida por provas, declarações públicas e pela atuação golpista que mobilizou recursos do Estado para espalhar mentiras e criar instabilidade. Para os advogados, as acusações seriam “interpretações distorcidas” de atos e falas.
A PGR, por outro lado, afirma que Bolsonaro foi o verdadeiro líder da organização criminosa, orquestrando, com apoio de militares e políticos de confiança, um plano autoritário para se manter no poder. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, o ex-presidente usou setores estratégicos das Forças Armadas e da máquina pública para defender medidas de exceção, manipular a opinião pública e atacar as instituições.
Entre as provas reunidas no processo, estão registros de reuniões no Palácio da Alvorada em novembro e dezembro de 2022, onde o plano golpista foi discutido. Há ainda depoimentos, mensagens e documentos que reforçam que a conspiração partiu do topo do governo, com Bolsonaro como beneficiário direto.
Com o início do julgamento, o STF abre caminho para que Bolsonaro e seus cúmplices finalmente sejam responsabilizados por atentar contra a democracia brasileira, num dos processos mais emblemáticos desde a redemocratização.
Com informações do DCM
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