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A ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR) reagiu com veemência ao editorial publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo que responsabilizou o presidente Lula pela eleição de Jair Bolsonaro em 2018. Em postagem nas redes sociais, a ministra classificou o texto como uma "inversão grotesca da história" que "ultrapassa todos os limites do bom senso", destacando que o argumento do jornal ignora fatos fundamentais da política recente.
Gleisi lembrou que Lula liderava todas as pesquisas eleitorais em 2018 quando foi preso ilegalmente - fato que, segundo ela, foi decisivo para abrir caminho à vitória da extrema-direita. "Bolsonaro chegou ao poder porque Lula foi impedido de concorrer, não por qualquer fracasso do nosso governo", afirmou a ministra, rebatendo diretamente a tese apresentada pelo jornal.
Com números concretos, Gleisi desmontou as críticas ao desempenho econômico dos governos petistas. Ela destacou a redução do déficit primário de 2,3% do PIB em 2023 para quase zero em 2024, os superávits consecutivos nos governos Lula anteriores, a queda da dívida pública de 60% para 38% do PIB e o controle da inflação herdada em dois dígitos. No campo internacional, a ministra enumerou conquistas como as dez participações de Lula em cúpulas do G7 - recorde entre presidentes brasileiros -, a liderança na criação do BRICS, o fortalecimento do Mercosul e a abertura de 400 novos mercados para exportações já neste mandato.
"Acusam de incompetente diplomático o presidente que transformou o Brasil em credor do FMI e acumulou US$ 300 bilhões em reservas", ironizou Gleisi, questionando a narrativa do jornal. A ministra foi enfática ao apontar o que considera o verdadeiro responsável pela crise institucional: "Quem destruiu o país foi Bolsonaro, não Lula", afirmou, lembrando que foi o ex-presidente quem corroeu as instituições, incentivou violência política e tentou um golpe de Estado em 2022.
O editorial do Estadão, que ecoou declarações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em evento do BTG Pactual, foi classificado por Gleisi como "um ataque desesperado da elite que não engole o retorno da política para o povo". A resposta da ministra mistura dados concretos com crítica política, característica do estilo petista de contra-argumentação à grande imprensa. O tom adotado reflete a estratégia do governo de enfrentar diretamente o que considera narrativas distorcidas sobre sua gestão, especialmente em veículos tradicionalmente críticos ao PT.
Os editoriais do @Estadao atacam o presidente @LulaOficial desde sempre, mas responsabilizá-lo pela ascensão de Jair Bolsonaro ultrapassa todos os limites: da política, da história e até do bom senso. A eleição de Bolsonaro em 2018 tem tudo a ver com a prisão ilegal de Lula, que…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) August 16, 2025