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Em mais uma medida que expõe sua política migratória cruel, o governo de Donald Trump anunciou a suspensão imediata de todos os vistos para palestinos da Faixa de Gaza, incluindo aqueles destinados a tratamentos médicos urgentes. A decisão, comunicada pelo Departamento de Estado neste sábado (16), ocorre no momento em que a população de Gaza enfrenta um genocídio documentado, com mais de 61 mil mortos pela ofensiva israelense desde outubro de 2023.
A justificativa oficial de uma "revisão completa do processo" não esconde o caráter discriminatório da medida, que segue pressão de figuras extremistas como Laura Loomer, aliada de Trump. A ativista espalhou teorias conspiratórias sobre supostos "refugiados palestinos" entrando nos EUA, levando republicanos como os deputados Chip Roy e Randy Fine a ecoarem discursos xenófobos e pedirem investigações.
O impacto humanitário é devastador: somente em 2025, os EUA haviam emitido 3.800 vistos B1/B2 para gazenses - 640 apenas em maio -, muitos para pacientes que dependem de tratamentos médicos indisponíveis na Faixa de Gaza, onde o sistema de saúde entrou em colapso após meses de bombardeios. Organizações como o Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) denunciam a medida como "crueldade intencional" do governo Trump.
Enquanto os EUA fecham suas portas, a comunidade internacional assiste à continuidade do massacre em Gaza, onde Israel prepara nova ofensiva na Cidade de Gaza após deslocar à força mais de um milhão de pessoas para supostas "zonas seguras". O paradoxo é cruel: o mesmo governo que financia e armia Israel nega refúgio às vítimas da guerra que apoia.
Com informações da Reuters
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