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O presidente Lula conversou nesta segunda-feira (18) por cerca de 30 minutos com o presidente russo, Vladimir Putin, em ligação considerada “positiva” pelo Palácio do Planalto. O principal tema foi a guerra entre Rússia e Ucrânia e as recentes movimentações diplomáticas para tentar avançar em uma saída negociada para o conflito.
De acordo com o governo brasileiro, Putin relatou detalhes da reunião que manteve na sexta-feira (15) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O russo reconheceu o papel ativo do Brasil no Grupo de Amigos da Paz — iniciativa conjunta com a China que busca uma alternativa diplomática para encerrar a guerra.
Lula reafirmou a disposição do Brasil em apoiar todo e qualquer esforço que conduza à paz. Segundo a nota oficial, ele agradeceu o telefonema e destacou que a prioridade do país é sempre defender a negociação em lugar da escalada militar, lembrando o papel histórico da diplomacia brasileira como promotora de diálogo.
O conflito no Leste Europeu já dura mais de três anos, e a reunião recente entre Trump e Putin, no Alasca, terminou sem resultados práticos. Apesar disso, o Brasil mantém sua posição de mediador junto à China, mesmo sem avanços imediatos, mostrando que prefere apostar na construção paciente de pontes diplomáticas.
Enquanto Lula e Putin reforçam o diálogo, Trump recebe nesta segunda, em Washington, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e outros sete líderes europeus, numa tentativa de ampliar a pressão política sobre Moscou. O Brasil segue como uma voz independente e equilibrada, contraponto à visão belicista e excludente que tem marcado a postura americana.
Esta foi a segunda conversa entre Lula e Putin em menos de duas semanas. O Palácio do Planalto ressaltou que os diálogos diretos são parte da prioridade da política externa do governo, que tem como marca o multilateralismo e a defesa da paz em um cenário internacional cada vez mais polarizado.
Com informações do DCM
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